O PSDB realizou, no domingo dia 5, uma Convenção golpista, atacando a presidente Dilma e o Partido dos Trabalhadores.
“O ex-presidente defendeu a campanha de Aécio nas eleições de 2014 e garantiu que o partido está pronto para o que der e vier. “Temos a responsabilidade de dizer ao país que rumo deve ser tomado”, defendeu.” (Metro ABC, 06/07/2015). E “os principais líderes do partido disseram que a sigla está pronta para “ir até o fim” e assumir o comando do país” (Folha de S. Paulo, 6/6/2015).
Essa Convenção do PSDB, soma-se aos preparativos do movimento golpista, apoiado no poder judiciário, com a prisão do dono da empreiteira Odebrecht, Marcelo, avança a passos largos, de forma acelerada mesmo.
É evidente que a recente movimentação golpista visa implicar Lula e prendê-lo, bem como derrubar a presidente Dilma, para caçar o PT, a esquerda e as organizações dos trabalhadores, as Centrais, assim como os movimentos populares, como MST, MTST. Está claro também a ingerência do imperialismo americano, dos Estados Unidos e da CIA, patrocinando mais um golpe na “administração do falcão Obama”, quase um por ano (Honduras, Paraguai, Líbia, Egito, Síria, Ucrânia, Venezuela, Argentina), para se apoderar da Petrobrás e das riquezas nacionais e implementar a política de ajuste fiscal, em benefício do capital financeiro, dos bancos, e dos monopólios internacionais. E o PSDB defende os interesses dos EUA, como ficou claro na Convenção golpista.
Nessa estratégia golpista, os companheiros do PT são acusados por entes “públicos”, ocupados por usurpadores, ou seja, por indivíduos que não foram eleitos pelo povo, não se submeteram ao sufrágio universal, isto é, ao povo, que estão a serviço da burguesia e do imperialismo de maneira permanente, como “instituição”. Isso ocorre com a Polícia Federal, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e o Judiciário, cuja principal corte, o Supremo Tribunal Federal, condenou companheiros sem prova, com base na nazi-fascista “Teoria” do Domínio do Fato”. O STF é o mesmo que entregou Olga Benário aos nazistas. Essas “instituições” agem politicamente, utilizando-se de ações midiáticas, em total desrespeito aos mínimos direitos civis e democráticos, à presunção de inocência, desrespeitando as liberdades democráticas (ou como gostam os juristas burgueses, as “liberdades públicas”), criminalizando os movimentos sociais, prendendo os lutadores dos movimentos sociais, com a aplicação da Lei de Segurança Nacional da época da ditadura militar, que permite até a pena de morte, em conluio com governos de traços nazi-fascistas nos estados.
Além disso, seguem os “pareceres” dos juristas golpistas, como de Ives Gandra Martins, da Escola Superior de Guerra, e o de Miguel Reali Júnior, filho do falecido jurista integralista (versão tupiniquim do fascismo), assim como o “relatório” do ministro Augusto Narves do Tribunal de Consta da União, que pretendem “subsidiar juridicamente” o golpe via “impeachment” ou militar.
Toda essa orquestração é apoiada e amplificada pela mídia golpista e venal, em conluio com essas “instituições”, as mesmos que apoiaram o golpe de 1964, sendo que o judiciário continua aplicando as leis da época da ditadura, com o artifício da “recepção” das mesmas pela Constituição de 1988.
Dilma disse na Folha de S. Paulo de hoje, dia 7 de julho, que "Eu não vou cair". Mas ela só não cairá se os operários e a maioria oprimida nacional forem para as ruas e paralisarem o Páis, barrando e detendo o golpe.
Assim, tendo em vista a iminência do golpe da direita e do imperialismo, o Partido dos Trabalhadores precisa romper com sua política de conciliação, de colaboração de classes, de expectativa, de ficar esperando para ver o que vai acontecer, como demonstram as resoluções do 5° Congresso, ou seja, precisa tomar um novo rumo, passar à iniciativa, buscando uma política de independência de classe, de ruptura com todos os setores da burguesia nacional, com todos os partidos burgueses, costurando uma frente única anti-golpista, anti-imperialista, o PCdoB, PSOL, PCB, e PCO e demais partidos de esquerda, a CUT, a CTB, e demais centrais e os movimentos populares, como MST e MTST, impulsionando e convocando Assembleias Populares nos estados, nas respectivas capitais, com a participação dos operários, trabalhadores e movimentos sociais, com delegados eleitos pela base, bem como uma Assembleia Popular nacional, em São Paulo, tendo como pauta a preparação da greve geral contra a terceirização, contra as MPs 664 e 665 (redução de pensões, redução da aposentadoria, etc.) e contra o golpe da direita e do imperialismo americano.
Ignácio Reis
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