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Teoria revolucionária: sociologia marxista

A Tendência Marxista-Leninista cotidianamente realiza estudos de teoria revolucionária, seguindo o ensinamento de Vladimir Lênin de que “Sem teoria revolucionária não há movimento revolucionário.”

Hoje desenvolvemos o estudo relativo à sociologia marxista, publicando um texto do revolucionário russo Nicolai Bukharin, extraído de sua obra “Tratado de Materialismo Histórico”, escrito no seu exílio na Suécia, antes da Revolução bolchevique de outrubro de 1917 e publicado em setembro de 1921, em Moscou.

A TML entende que independentemente da trajetória posterior de Bukharin, a obra faz parte do tesouro da teoria revolucionária marxista. Além disso, Bukharin escreveu outra obra clássica o ABC do Comunismo, em parceria com o maior economista soviético, Eugênio Preobrajenski.

Abaixo segue o trecho sobre a sociologia marxista:

“§6º  A teoria do materialismo histórico considerada como sociologia marxista: - A classe operária tem sua própria sociologia proletária, conhecida pelo nome de materialismo histórico. Os princípios desta teoria foram estabelecidos por Marx e Engels.  Ela é também denominada de concepção materialista da história, ou, mais simplesmente, de “materialismo econômico. Essa teoria genial constitue o mais preciso instrumentos do pensamento e do conhecimento humano. É graças a ela que o proletariado consegue se guiar no meio dos mais complicados problemas da vida social e da luta de classes. É  graças a ela que os comunistas previram a guerra e a Revolução, a ditadura do proletariado, e a linha de conduta dos partidos, dos grupos e as diferentes classes, no decorrer da formidável efervescência que a humanidade atravessa. A presente obra é consagrada à exposição e desenvolvimento desta teoria.

“Certos camaradas pensam que a teoria do materialismo histórico não pode de maneira alguma ser considerada como uma sociologia marxista e qu ela não pode ser exposta de uma maneira sistemática. Acham esses camaradas que ela não é senão um método vivo de conhecimento histórico, que suas verdade não podem ser provadas senão quando trata de fenômenos concretos e históricos.

Junta-se a este argumento que a própria noção de sociologia está muito mal definida: que entende-se por “sociologia”, óra a ciência da cultura primitiva e da origem das formas essenciais da comunidade humana (por exemplo, a família), ora considerações extremamente vagas sobre diferentes fenômenos sociais “em geral”, óra a comparação arbitrária da sociedade a um organismo (a escola orgânica ou biológica na sociologia) (1). Êstes  argumentos são falsos. Em primeiro lugar, a confusão que reina no campo burguês não nos deve levar a criar outra entre nós. Que lugar deve ocupar, entretanto, a teoria do materialismo histórico? Não será na economia política nem tampouco na história; seu lugar esta na ciência geral da sociedade e das leis de sua evolução, isto é, na sociologia. Por outro lado, o fato do materialismo histórico constituir um método para a história, não diminui de maneira alguma a sua importância como teoria sociológica. Muitas vezes uma ciência mais abstrata fornece um ponto de vista (isto é, um método) a uma ciência menos abstrata. Êste é o nosso caso, como já vimos acima.” (N. BUKHARIN, Tratado de Materialismo Histórico, págs. 14/15, CENTRO DO LIVRO BRASILEIRO, LISBOA, PORTO E LUANDA).

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