© foto: Rodrigo Buendia
Há quase uma semana ocorrem protestos no Equador contra o governo burguês de Lenín Moreno, da Alianza País, em razão da eliminação dos subsídios aos combustíveis, com o objetivo de conter o déficit fiscal equatoriano, visando um empréstimo de US$ de 4,2 bilhões de dólares ao Fundo Monetário Internacional (FMI), o que na verdade se traduziu num brutal ataque às condições de vida dos trabalhadores e dos povos indígenas equatorianos, os quais se sublevaram obrigando o presidente a abandonar Quito, a capital, e fugir para a cidade de Guaiaquil.
As marchas indígenas reuniram inicialmente, desde Catopachi, 30 mil pessoas, sendo que hoje são esperados em Quito aproximadamente 100 mil trabalhadores e indígenas.
A mobilização do povo equatoriano está provocando a divisão no Exército e criando uma situação de duplo poder, com os trabalhadores e indígenas invadindo a Assembleia Nacional (o Congresso equatoriano) e exigindo a libertação de 350 detidos pelo governo burguês de Lenín Moreno, fato esse que provocou a fuga do presidente.
Embora não haja um partido operário revolucionário no Equador, é fundamental que a FUT (Central Sindical Equatoriana), dirigida por José Villancencio, e a CONAIE (Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador), dirigida por Jaime Vargas, preparem-se para a tomada do poder, realizando as tarefas democráticas, instaurando um governo associado de trabalhadores, um governo revolucionário de operários e camponeses pobres, expropriando a burguesia equatoriana, as fábricas, as empresas, os bancos, as universidades, as escolas, o campo, o latifúndio, realizando a reforma e a revolução agrária, expulsando o imperialismo, instituindo o monopólio do comércio exterior e estabelecendo uma economia planificada, rumo ao Socialismo.
A situação revolucionária equatoriana poderá se constituir no início da Revolução proletária sul-americana: Todo poder à FUT e a CONAIE! Todo poder aos trabalhadores e camponeses pobres do Equador!
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