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Milícias de autodefesa contra o genocídio da população pobre e negra

Hoje comemoramos o Dia da Consciência Negra, reverenciando os líderes Zumbi dos Palmares e Malcolm X, afro-americano, o marinheiro João Cândido, o escritor Lima Barreto, João da Costa Pimenta, gráfico e militante trotskista, o geógrafo Milton Santos, e todos os outros grandes lutadores e mártires do povo negro.

Infelizmente a Constituição de 1988 manteve intacto o aparato repressivo. O próprio Partido dos Trabalhadores (PT) recusou-se a assinar a mesma devido a esse motivo, coisa que hoje em dia poucas pessoas se recordam.

O pior é que o PT acabou cedendo à pressão da burguesia e do imperialismo norte-americano e agravando essa situação com a formação da Força Nacional e da Lei Antiterrorismo, que visa a atacar e criminalizar os movimentos sindical e popular, a qual já fez uma vítima, Valdir, que foi assassinato a pauladas por outros presos, segundo a versão oficial, num presídio em Várzea Grande, cidade vizinha da capital Cuiabá, no Mato Grosso. Isso tudo sem falar no aumento indiscriminado das “empresas de segurança privada”.

Para piorar mais ainda, surge um partido, denominado Partido do Socialismo e Liberdade (PSOL), que se apresenta como alternativa à política frente populista e de colaboração de classes do PT, mas debuta como defensor das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio de Janeiro, as quais vêm aterrorizando a população pobre e negra dos morros e favelas Rio de Janeiro, como no caso da morte do pedreiro Amarildo.

A Polícia Militar em São Paulo (treinada e armada até os dentes pelo Enclave sionista e terrorista de Israel) e no Rio de Janeiro, cada uma mata 2 (duas) pessoas por dia. Apenas nesses dois Estados são assassinadas aproximadamente 1.500 pessoas pela Polícia Militar. Agora saiu uma pesquisa dizendo que morrem no Brasil 9 pessoas por dia assassinadas pela PM, sendo que a quase totalidade são pessoas negras. Na verdade, o número de pessoas assassinadas é bem maior, porque esses levantamentos, por sua precariedade, não são confiáveis. Há muita “maquiagem” (“autos de resistência”, omissões deliberadas, etc.) nas estatísticas, não permitindo um levantamento preciso.

Além disso tudo, ainda tem surgido grupos como o Movimento Brasil Livre (MBL), que se dizia apartidário, mas que é financiado pelos irmãos Koch, magnatas do petróleo nos Estados Unidos, que agem como bando fascista, inclusive atacando estudantes e professores, como nos ocupações de escolas no Paraná, juntamente com a Polícia Militar do fascista governador do PSDB tucano, Beto Richa, ponta de lança do golpe dentro do golpe, que busca remover Temer e eleger de forma indireta, a partir de 2017, no Congresso Nacional, Fernando Henrique Cardoso, colocando no ministério da Fazenda o economista Armínio Fraga, brasileiro naturalizado norte-americano, empregado do mega-especulador grego George Soros, que patrocinou o golpe nazista na Ucrânia.

Malcolm X nos ensinou que não existe capitalismo sem racismo.

Assim, constatamos que já passou da hora para os operários, camponeses e estudantes, a partir dos sindicatos e das centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), da União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), organizarem a nossa autodefesa, ou seja, as milícias operárias e populares, para fazer frente aos ataques fascistas, assim como levantarem bem alto a bandeira pela dissolução da polícia militar, na luta contra o golpe da burguesia entreguista e do imperialismo norte-americano, para a derrubada revolucionária Temer ou de um eventual governo PSDB/DEM, na perspectiva de um governo operário e camponês, rumo ao Socialismo e da Internacional operária e revolucionária. 

Tendência Marxista-Leninista, por um partido operário marxista revolucionário

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