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A marcha do golpe: crise aumenta e militares ameaçam tomar o poder

O imperialismo norte-americano diante do impasse da crise política e econômica brasileira, ao que tudo indica, colocou em marcha o golpe militar para forçar a substituição do golpista Michel Temer. O golpe dentro do golpe visa consumar todo o ataque que a burguesia entreguista e o imperialismo pretendem impor à classe trabalhadora e à maioria oprimida nacional com as denominadas “reformas”, recolonização e escravizando o Brasil.

O imperialismo parece ter chegado à conclusão que o odiado governo Temer será incapaz de concluir as “reformas”, por isso colocou em marcha o golpe militar com o objetivo de pressionar ao Congresso Nacional no sentido de que vote a aceitação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.

Temer, desesperadamente, colocou à venda o Brasil, anunciando um pacote de 57 privatizações, entre elas da Eletrobrás, responsável por mais de 30% da produção da energia nacional, e a Casa da Moeda, sem falar na extinção da Reserva do Cobre nos Estados do Pará e Amapá, que apesar do nome é rica em ouro, verdadeiros crimes lesa-pátria que atentam contra a soberania nacional. Todavia, isso não satisfez ao imperialismo norte-americano.

O imperialismo tenta reverter a queda na taxa de lucros, mas as privatizações não resolvem os problemas, mas sim os agravam, como demonstra o exemplo da concessão do Aeroporto de Viracopos em Campinas, onde a empresa que ganhou a licitação ficou endividada (milhões de reais) e quebrou, devolvendo todo o prejuízo para o Estado, que já prometeu nova licitação, isto é, mais sangria dos recursos públicos.

O golpe militar em andamento ao mesmo tempo que pressiona a Câmara dos Deputados, sinaliza que, caso não seja a aceita a denúncia contra Temer, os próprios militares tomarão o poder em breve.

Concomitantemente, as instituições burguesas e golpistas mesmo em profunda crise, como o judiciário e o ministério público, seguem os ataques aplainando o terreno para o golpe militar, com a provável prisão de Lula e a proscrição do PT e ataques à CUT e aos sindicatos.

As eleições de 2018 praticamente já estão canceladas, como reconhecem de forma indireta mesmo os setores mais reformistas do PT, quando falam que “eleição sem Lula é golpe.”

O conjunto da classe operária, para deter essa escalada golpista, precisa entrar em movimento, rompendo a paralisia imposta pelas direções reformistas e pelegas, que levam essa política de conciliação e colaboração de classes, eleitoreira e parlamentarista, que tem levado o movimento popular a um beco sem saída.

Assim sendo, cumpre ao movimento operário e popular buscar a ação direta, para tanto é fundamental convocar um Congresso de base da classe trabalhadora, em São Paulo, com delegados eleitos nos Estados, para organizar a luta contra o golpe militar.

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