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O perigo da aprovação da “Reforma da Previdência”

As centrais sindicais realizaram reunião no dia 31 de janeiro passado e se recusaram a deliberar a realização de greve geral por tempo indeterminado, decidindo apenas pela “realização de uma Jornada Nacional de Luta contra Reforma da Previdência.”

Os burocratas e pelegos sindicais seguem boicotando sistematicamente a luta dos trabalhadores, propiciando que a burguesia e o imperialismo, por meio do governo golpista de Michel Temer, manobrem no sentido da aprovação da “Reforma da Previdência”, como fizeram com a “Reforma Trabalhista”.

A imprensa golpista está noticiando que a probabilidade da aprovação da “Reforma da Previdência” é remota, mas o golpista Temer segue impulsionando as “negociações” para aprová-la, isto é, comprando os votos do deputados do Congresso Nacional, transformado hoje num verdadeiro balcão de negócios.

A traição da pelegada poderá redundar numa terrível derrota para o movimento operário e popular com o fim da aposentadoria e dos direitos previdenciários, a exemplo do que ocorreu com a “Reforma Trabalhista”, na qual foram suprimidos os direitos laborais.  

O movimento operário e popular encontra-se paralisado em razão dessas direções burocráticas e pelegas, que vive basicamente dos aparatos dos sindicatos e das Centrais Sindicais, como CUT, CTB, Força Sindical, CSP-Conlutas, Intersindical, e todas as demais, que sustentam o regime golpista, traindo e contendo a enorme disposição de luta dos trabalhadores por suas reivindicações imediatas e por seus direitos trabalhistas e previdenciários.

As direções burocráticas e pelegas não mobilizam os trabalhadores, em razão das pressões destes, apenas realizam paralisações de 24 horas, visando conter as mobilizações, como ocorreu no dia 5 de dezembro do ano passado, para que elas não coloquem em risco a estabilidade do regime golpista.

Os burocratas boicotam sistematicamente a convocação de uma greve geral por tempo indeterminado por que sabem que isso colocará em risco os seus privilégios e o regime golpista.

Portanto, é fundamental substituir essa burocracia sindical pelega, como fizemos quando da ditadura de 1964, formando oposições sindicais classistas para enfrentar, desmascarar e expulsar os burocratas e pelegos dos sindicatos e das Centrais, buscando forjar uma nova vanguarda operária e revolucionária para a defesa um programa de luta pelas reivindicações imediatas e transitórias dos trabalhadores contra o desemprego, reajustes salariais de acordo com os índices do Dieese, redução da jornada de trabalho sem redução do salário, e  sobretudo agora preparar e organizar uma Greve Geral por tempo indeterminado pela anulação da “Reforma Trabalhista” e contra a aprovação da “Reforma da Previdência” e pela derrubada do regime golpista e de suas instituições. 

Assim, é fundamental a deliberação da greve geral por tempo indeterminado a partir do dia 19 de fevereiro, elegendo comandos de greve, nas fábricas, nas empresas, nos campos, nas escolas, nas universidades para derrotar a “Reforma da Previdência” e anular a “Reforma Trabalhista”, na perspectiva de derrubar o governo golpista de Michel Temer.

- Greve Geral por tempo indeterminado!

- Eleição de comandos de greve nos locais de trabalho e estudo!

- Abaixo a “Reforma da Previdência”!

- Anulação da “Reforma Trabalhista”!

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