*por Leonardo Silva
A TML publica abaixo a apresentação e a contribuição do camarada recém-ingresso nas nossas fileiras, o professor Leonardo Silva, de Goiânia, Goiás, o qual passa a ser nosso colunista.
Sou professor da rede pública de ensino médio e fundamental. Venho das fileiras operárias da periferia de Goiânia, Goiás, onde nasci e cresci. Militante petista há 15 anos, atuei no movimento estudantil de ocupação das universidades, na UFG (Universidade Federal de Goiás) após o golpe de estado de 2016 e me filiei ao Partido dos Trabalhadores pela corrente O Trabalho. Rompi com a corrente após divergências com relação à aliança de luta do PT com o Partido da Causa Operária PCO, partido oriundo da antiga corrente trotskista expulsa do PT em 1990. Entro para as fileiras da TML, Tendência Marxista-leninista, após a Conferência Nacional de Luta contra o Golpe ocorrida em Júlio de 2018, para colaborar com os companheiros que lutam para derrotar o golpe de estado imperialista imposto no Brasil e na América Latina.
A ilusão no processo eleitoral e a pressão pelo plano B por parte de vários setores da esquerda aumenta à medida em que Lula, que se manteve irresoluto na sua posição como candidato do PT, representando um problema para o Golpe e para a burguesia de modo geral.
Mal se apontou como candidato a vice, Fernando Haddad PT-SP se encontra debaixo de campanha de desmoralização da imprensa golpista, e que se soma agora ao questionamento do MPF à suas visitas a Lula como seu advogado porta-voz de campanha. Isso só vem a reforçar a nossa tese de que a eleição não pode de forma alguma ser legitimada sem a participação do candidato mais popular do país. A alegação de que Lula transferiria todos os seus votos para Haddad não é factível à medida em que a direita controla todo o processo eleitoral, desde as comunicações, o financiamento e à própria rede de relações íntimas com a raiz do golpe, o imperialismo. Supor que Haddad, cuja a base é a classe média, sendo indicado por Lula ganhe um processo eleitoral totalmente fraudado e anti-democrático é acreditar por exemplo que Lula perdeu para Collor em 89 por seus próprios deméritos e não por uma intensa campanha manipulatória e terrorista da direita capitaneada pela Rede Globo.
A Mensagem ao Partido, que dirige a campanha pela capitulação através do "Plano B", só não explica à militância os motivos pelos quais a destruição de reputações, devastação moral e proscrição promovida pela direita contra os principais dirigentes do PT, neutralizaram os aspirantes a serem os continuadores dos governos petistas, e não responde como com Haddad poderia ser diferente. Lula debaixo de fogo cruzado há anos só aumenta sua popularidade, por ser o fenômeno que agrupa em torno de si as massas e a oposição à devastação neoliberal da economia nacional, as condições de vida dos trabalhadores e expressa a luta de classes no país desde o fim da ditadura militar. Haddad, perto do poder popular real que representa Lula, é um bife passado na chapa pronto para ser engolido, enquanto Lula está entalado na garganta da burguesia. Portanto não vamos aceitar a pressão para o plano B, que é claramente um acordo de capitulação ante ao golpe, e colaboração para que eles legitimem nas urnas, num processo totalmente fraudulento, o Golpe de Estado de 2016.
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