© foto: Francisco Proner
*Por Leonardo Silva
*Por Leonardo Silva
A decisão do ministro do STF, Marco Aurélio de Melo, que atendendo hoje recurso imputado pelo PC do B determinou a soltura de todos os presos cuja condenação ainda cabe recurso, o Transito em julgado, beneficia Lula que se encontra preso político desde 7 de Abril nas masmorras da PF em Curitiba-PR. Lula que tem sido vítima de perseguição implacável acentuada pelo golpe de estado de 2016 resultando em sua prisão, foi impedido de concorrer às eleições de 2018 depois de uma manobra ilegal por parte do TSE, sob pressão da burguesia em peso e ameaças dos militares, consumando a operação de fraude que resultou na eleição de Bolsonaro. Diante desse quadro, com a nova decisão do STF que indica a cisão interna que ainda assola as instituições após o golpe e expõe a divisão das alas do judiciário golpista entre "garantistas'' e lavajateiros, abre-se um impasse e fica claro que Lula é a figura central da resistência popular ao golpe não só pela sua liberdade, mas pela derrota do governo Bolsonaro e pela sua derrubada.
Os setores da burocracia do PT tentaram esconder a figura do ex-presidente para emplacar Haddad como "liderança de resistência" em uma mera oposição parlamentar com uma figura tolerável pelo regime golpista, o que configura uma conciliação escandalosa e ultra-oportunista com a extrema-direita que forma neste momento um governo de expropriação em massa das mínimas condições de vida do povo. Reconhecer o governo Bolsonaro, eleito por menos de 30% da população que em sua grande parte se absteve por não contar com Lula na urna, é reconhecer a fraude e levar as organizações de esquerda ao matadouro do fascismo!
Porém não se pode ter nenhuma ilusão de que as instituições estão "voltando a normalidade" e que Lula vai ser solto sem resistência por parte dos golpistas, que neste momento já se atropelam em recursos para derrubar a decisão de Mello, ainda que seja por meio de mais arbitrariedades e decisões de caráter anti-constitucional típicas que se aprofundaram desde a derrubada da presidenta Dilma Russeff. É preciso mais que nunca se mobilizar através das organizações operárias e intervir na crise que a decisão de hoje abre, e colocar em cheque a própria legitimidade do governo golpista antes mesmo de sua posse.
Tendo Lula sido impedido de participar das eleições sem que tivesse sido julgado em última instância, a decisão do STF deve apoiar não só a liberdade do ex-presidente, mas a anulação do pleito de 2018 e por meio da força popular empunhar a bandeira da palavra de ordem pela saída de Bolsonaro e o não reconhecimento de sua eleição. Às ruas companheiros pela imediata liberdade do presidente Lula, por Fora Bolsonaro e por eleições gerais e limpas já!
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