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Brasil rumo a um Estado totalitário com esquadrões da morte

O ministro ex-juiz, fascista e golpista, Sérgio Moro, apresentou um “pacote anticrime”, desenhando um Estado totalitário, instituindo a pena de morte, praticamente transformando as polícias em esquadrões da morte, com “excludente de criminalidade”.

Não resta dúvida de que Sérgio Moro é discípulo do jurista nazista, Roland Freisler, sendo enorme a suspeita de que seja um agente da CIA, pois ele está preparando a aprovação de um legislação totalitária a exemplo do Chile de Pinochet e do “Direito Penal de Guatánamo”, da prisão dos Estados Unidos, onde os prisioneiros ficam presos sem culpa formada (sem nenhuma acusação), são torturados e assassinados.

Essa legislação que Moro está preparando, na prática, já está sendo aplicada no Brasil. O fascista usou e abusou como juiz das prisões cautelares (temporária e preventiva) e conduções coercitivas, forçando a “delação premiada”, onde as pessoas permaneciam e permanecem presas indefinidamente sem condenação, ou são condenadas com penas muito longas, forçando a “delação” de outras pessoas para terem as penas diminuídas ou para serem perdoadas. Tudo isso ao arrepio da lei e da Constituição Federal e com a conivência do Supremo Tribunal Federal. Esse instituto os imperialistas norte-americanos copiaram da Alemanha nazista, onde os filhos eram forçados a entregaram os pais.

Moro tenta “legalizar” a prisão após a decisão de segunda instância, pois incomoda a prisão arbitrária do ex-presidente Lula, porque não há condenação definitiva, com trânsito em julgado, uma vez que estão tramitando os recursos especial e extraordinário, sem que na Constituição brasileira vige o princípio da presunção de inocência,  que reza que ninguém será considerado culpado antes do trânsito em julgado (quando não houver mais recursos). Moro, por incrível que pareça, entende pouco de direito. Como já foi levantado por um professor universitário, há muita suspeita com relação à conclusão de seus cursos de pós-graduação, pois as datas não batem (prazo de conclusão reduzido). Além disso, outra suspeita: como ele passou no concurso para juiz federal, um dos concursos mais concorridos sem saber empregar o verbo haver e cometendo outros erros crassos de português, como ficou claro na sua entrevista em um programa de televisão (Roda Viva, da TV Cultura). 

Resumindo, as medidas “anticrime” de Sérgio Moro visam estabelecer um regime totalitário no Brasil, e estão em consonância com a política econômica do ministro da economia, Paulo Guedes, “Chicago Boy”, a mesma política adotada no Chile de Pinochet, que acabou com as conquistas do proletariado chileno, como a previdência, o fim das aposentadorias, hoje motivo de muitos suicídios de aposentados, em razão de não disporem do mínimo para sobreviver.

O processo de chilenização do Brasil está em andamento. Os militares assumiram todos os postos importantes. Há um general da reserva na Fundação Nacional do Índio (Funai) que era empregado de uma empresa canadense, outro na Instituto Nacional da Reforma Agrária (Incra), e inclusive um que é “assessor” do presidente do Supremo Tribunal Federal, isso só para exemplificar. Foi assim também no Chile. Pinochet foi designado Chefe das Forças Armadas por Salvador Alliende.

Nem bem Sérgio Moro apresentou seu “pacote anticrime” na segunda-feira, dia 4 de fevereiro, 14 pessoas foram executadas em uma favela no Rio de Janeiro, na sexta, dia 8 de fevereiro. As Polícias Militares de São Paulo e Rio de Janeiro são as que mais matam no mundo. Uma média de 1.000 pessoas são mortas por ano pelas mesmas. O Brasil caminha para ser a maior população carcerária do mundo, sendo que hoje possui mais de 700.000 presos. Enquanto escolas são fechadas, o País segue construindo presídios.

Os golpistas seguem com os ataques ao movimento operário e popular, inclusive com a preparação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) para “investigar o “Mais Médicos”, programa do governo Dilma Rousseff, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Comissão Nacional da Verdade, que investigou as violações cometidas por militares e agentes do Estado durante a ditadura militar.” (Estadão, 5/2).

A TML defende a convocação urgente um Congresso nacional de base da classe trabalhadora, para a discussão de um programa de lutas, a formação de uma Frente operária, camponesa e estudantil, e a preparação de uma greve geral por tempo indeterminado pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas!

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