O proletariado boliviano saiu às ruas contra o golpe militar, liderado pelo General Zúñiga para derrubar o presidente Luis Arce. A mobilização do povo boliviano frustrou a tentativa de golpe, fazendo com que o General e o Exército recuassem. As informações que nos chegaram dão conta de que houve confrontos de populares com os militares golpistas, que ocuparam a praça próxima ao palácio do governo. Por outro lado, o Partido Obrero Revolucionário da Bolívia, o POR, soltou uma nota onde denuncia que a tentativa de golpe foi uma farsa tramada pelo próprio presidente Luis Arce, dizendo que o General golpista, ao ser preso, declarou que o próprio Arce lhe pediu para que montasse essa farsa de golpe.
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Independentemente do que realmente tenha acontecido, o importante é sublinhar a atitude do proletariado boliviano que se mobilizou imediatamente, saindo às ruas para enfrentar os golpistas e seus tanques. O proletariado boliviano possui uma rica história de lutas, tendo protagonizado a Revolução de 1952, onde conseguiu derrotar e desarmar o Exército, somente não tendo tomado o poder devido a política menchevique das diversas tendências da IV Internacional e do próprio POR boliviano, inclusive de seu dirigente máximo, Guillermo Lora, política mechevique essa de apoiar a ala esquerda do Monvimento Nacionalista Revolucionário (MNR) de Paz Estensoro, ao invés de defender que a poderosa Central Operária Boliviana (COB) tomasse o poder, dado que ela havia adquirido características soviéticas.
Além disso, em 1971, o proletariado boliviano retomou a luta em direção ao poder, edificando Conselhos Operários, verdadeiros sovietes (órgãos de poder - deliberativo e executivo, formados por operários, camponeses e soldados do exército), mas novamente, como o POR não havia aprendido a lição da Revolução de 1952, voltou a repetir o erro de continuar adotando a política menchevique de seguidismo à burguesia, como denunciaram a fração Vern/Ryan, da Califórnia, do SWP (Socialist Workes Party) dos Estados Unidos e o militante peruano José Villa. Assim sendo, cumpre ao proletariado boliviano lutar por liberdades democráticas e pela frente única operária, em aliança com o campesinato pobre e os estudantes, na perspectiva de construir um partido comunista revolucionário e da Internacional operária e revolucionária, visando a tomada do poder rumo ao socialismo.
- Abaixo o golpe de estado!- Liberdades democráticas!
- Frente única operária, em aliança com o campesinato pobre e os estudantes!
- Construir o partido comunista revolucionário e a Internacional operária e revolucionária!
- Governo operário e camponês, rumo ao socialismo!
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