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CUT e senadores do PT assinam Manifesto contra política de “ajuste econômico” do ministro Levy

A CUT, senadores do PT, intelectuais acadêmicos e movimentos populares, no dia 20/5, em razão das Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665 (seguro-desemprego, abono, pensões, etc.), aprovadas na Câmara dos Deputados, estão agora no Senado para votação, assinaram um Manifesto contra a política de “ajuste econômico” pró-imperialista do ministro Levy (exigência direta do imperialismo americano), política essa defendida por Aécio e Fernando Henrique Cardoso do PSDB.

“O quadro de desequilíbrio fiscal das contas do governo não é responsabilidade dos mais pobres, trabalhadores, aposentados e pensionistas. As causa desse desequilíbrio foram a desoneração fiscal de mais de 100 bilhões concedida pelo governo às grandes empresas, as elevadas taxas de juros Selic, que transferem recursos para o sistema financeiro, e a queda da arrecadação devido ao baixo crescimento no ano passado.

Não é justo, agora, colocar essa conta para ser paga pelos mais pobres que precisam de políticas públicas, trabalhadores, aposentados e pensionistas.”

A votação mostrou o descontentamento na bancada do PT e do PCdoB.

Essa política de “ajuste econômico” é a política de austeridade do imperialismo dos Estados Unidos e União Europeia (Grécia, Portugal, Espanha, Irlanda), para atendimento e socorro do capital financeiro em bancarrota, implicando no corte de direitos trabalhistas e previdenciários (aposentadorias e pensões) dos trabalhadores.

Essa política é implementada pelo PSDB nos Estado  Paraná e São Paulo, militarmente. Privatização da Sabesp, crise hídrica, aumento da tarifa da água, sucateamento do metrô e trens.  Os professores de São Paulo estão há 70 dias em greve, e os trabalhadores da Saúde marcaram greve para os dias 26 e 27 de maio, sem que o governo abra negociações.

 Não esquecer que além das MPs há o Projeto de Lei 4330 da terceirização, que poderá significar, em caso de sua aprovação, uma precarização enorme dos trabalhadores, uma verdadeira escravização.

O manifesto em questão revela que a política de “ajuste econômico” não é a política do Partido dos Trabalhadores, refletindo o descontentamento de suas bases.

Além disso, a CUT colocou-se frontalmente contra as MPs de Levy, por serem contrárias aos interesses dos trabalhadores. A CUT chama à paralisação do dia 29/5 rumo à greve geral contra a terceirização e as MPs.

Hoje, ganham relevo as palavras-de-ordem:

- contra a terceirização e às MPs 664 e 665 demais ataques aos direitos dos trabalhadores;
- por estabilidade no emprego;
- escala móvel de salários, ou seja, reajuste salarial de acordo com  inflação;
-  redução da jornada de trabalho, sem redução de salário;
- organizar comissão de fábrica e deflagrar  greve com ocupação, nas empresas que demitirem.

Essas bandeiras devem ser combinadas com

- não golpismo;
- não ao fascismo;
- e não ao macartimo.

Erwin Wolf

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