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Eleições no Brasil: abstenções, fraudes, 45 atentados, 28 assassinados, rumo ao golpe dentro do golpe

Eleições municipais antidemocráticas e sangrentas no Brasil, com 28 assassinatos.

A Folha de S. Paulo, no sábado, dia 1 de outubro, fez um balanço em seu Editorial da violência das eleições promovidas pelos golpistas a serviço da burguesia entreguista e do imperialismo norte-americano:

“A violência foi bem mais que retórica na política brasileira nos últimos meses. Desde junho, ao menos 45 aspirantes a cargos eletivos foram alvos de ataques a tiros. Nada menos do que 28 morreram, 15 dos quais em plena campanha.”

O número de abstenções foi recorde, com 25 milhões de pessoas (17,58%) que  deixaram de votar, além do que muitos que compareceram anularam os seus votos (aproximadamente 11% dos eleitores) e muitos votaram em branco (em torno de 6%). Assim, praticamente mais de 1/3 da população repudiou as eleições promovidas pela burguesia entreguista e pelo imperialismo norte-americano golpistas. Um índice muto elevado de rejeição se levarmos em consideração que o voto é obrigatório, sendo que quem não vota deve justificar ou pagar multa.

Na verdade praticamente não houve eleição de tão antidemocrática, fraudulenta e controlada pela Justiça golpista e fascista, amparada no fascista TSE de Gilmar Mendes, no fascista Tribunal Regional Federal da 4ª Região (englobando, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), que deu carta branca ao fascista e suposto agente da CIA, Juiz Sérgio Moro, para continuar perpetrando arbitrariedades, perseguindo ao dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) e aos empresários que colaboraram com os governos de Lula e Dilma do PT.

Além disso, as eleições contaram com a atuação de 25 mil soldados das Forças Armadas, o que aumentou ainda mais a violência e a truculência da mesma.

As eleições municipais totalmente antidemocráticas e fraudulentas e controladas descambaram para o gangsterismo dos partidos golpistas, sendo que aconteceram 45 atentados, sendo que só nas últimas horas houve 12 atentados em Estados da federação brasileira.

Os partidos golpistas, principalmente o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), o Democratas (DEM) e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), partidos que vêm desde a época da ditadura, sabem que as eleições são antidemocráticas, fraudulentas e controladas pelo Poder Judiciário golpistas.

Em razão disso, os partidos golpistas partem para resolverem suas diferenças na bala. Daí o crescimento dos atentados, com tiroteio de fuzis, metralhadoras, explosões de bombas, com mortes e ferimentos de candidatos, políticos (prefeitos, vice-governadores, vereadores) cabos eleitorais e seguranças dos candidatos (jagunços).

Ocorreram atentados na Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rio do Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina.

Estas eleições são uma farsa totalmente controladas pela justiça golpista, por meio da reacionária “Lei da Ficha Limpa”, sob pretexto de combater a corrupção, permite ao Poder Judiciário golpista dizer quem será ou não candidato, estando voltada principalmente contra os partidos operários e populares, para beneficiar os partidos golpistas principalmente, o Democratas (DEM), o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).

Fatos como a “eleição” do Senador Aloísio Nunes Ferreira e a eleição de Geraldo Alckmin no primeiro turno para governador de São Paulo voltaram se repetir. Aloísio às vésperas das eleições para o Senado não aparecia com as mínimas possibilidades de ser eleito, sendo que no dia seguinte estava eleito, assim como Alckmin, quando todos os institutos de pesquisas colocavam que haveria segundo turno. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Estado de São Paulo sempre apresenta surpresas, tribunal esse controlado pela reacionária burguesia paulista da FIESP e do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) tucano, o partido pró imperialismo norte-americano.

As urnas brasileiras, apelidadas de urnas roubotrônicas, são utilizadas por apenas 6 (seis) países no mundo todo, porque não permitem a recontagem, por meio de voto físico.

Agora o setor golpista mais reacionário, mais alinhado ao imperialismo norte-americano, liderado pelo PSDB e DEM, estão preparando um golpe dentro do golpe, já iniciado por ações do Ministério Público Federal golpista, visando substituir Temer, que em 5 meses, apesar dos cortes dos programas sociais, aumentou o deficit público de 90 para 170 bilhões reais (o preço do golpe, a remuneração dos golpistas) e a inflação, substituir Temer pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, tendo como ministro da Fazenda o brasileiro, naturalizado norte-americano, Armínio Fraga, ligado ao mega-especulador grego, George Soros, o mesmo que impulsionou o golpe nazista na Ucrânia, com o apoio do Enclave sionista e terrorista de Israel, tudo isso com o objetivo de impulsionar uma verdadeira guerra civil contra os trabalhadores, acabando com a Previdência Social e os direitos trabalhistas da CLT, impondo uma escravidão sem precedentes e a recolonização do Brasil, o que significará um retrocesso de mais de 300 anos.

Além disso, é preciso ter claro que, caso os golpistas se consolidem no poder, daqui para frente a tendência é a supressão das eleições, a começar a de 2018, logicamente dependendo da reação do movimento operário e popular, da luta de classes. 

A vanguarda operária revolucionária precisa reagrupar-se imediatamente, buscando construir um partido operário marxista revolucionário, para organizar o proletariado brasileiro de forma independente.

Assim, é fundamental que os revolucionários marxistas defendam que a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, que congregam a maioria da organizações operárias e populares, rompam com sua política de colaboração de classes, de tentativa de chegar a um acordo com os golpistas, e mobilizem os operários e o conjunto dos trabalhadores, camponeses, estudantes e jovens para que saiam às ruas, rumo a uma greve geral, com comandos eleitos nas fábricas, nas empresas, nos bancos, nas repartições públicas, no campo, nos latifúndios, nas escolas e universidades, contra o golpe da burguesia entreguista e do imperialismo norte-americano, visando a derrubada revolucionária do governo Temer/Cunha, nas perspectiva de instauração de um governo operário e camponês, para a realização das tarefas democráticas de expulsão do imperialismo e da reforma e revolução agrária, com a expropriação do meios de produção, fábricas, empresas, bancos,  e da terra, empresas agrícolas, latifúndios, com monopólio do comércio exterior e economia planificada, rumo ao socialismo!

Tendência Marxista-Leninista, por um partido operário marxista e revolucionário

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