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8 de março e as mulheres revolucionárias

A Tendência Marxista-Leninista, tendo em vista o dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, homenageia as mulheres revolucionárias, como Alexandra Kolontai, Alexandra Sokolovskaia, Clara Charf, Clara Zetkin, Frida Khalo, Inessa Armand, Natália Sedov, Nádia Krupskaya,  Olga Benário Prestes, Olga Bronstein Kamenev, Rosa Luxemburgo, Ruth Fisher, Sônia Maria de Moraes Angel Jones, Vera Zasulich,  Zuzu Angel, e todas as outras.

Homenageamos, também especialmente, Dona Zoraide Gomes de Oliveira, de Santo André, que enfrentou a ditadura militar, conforme o livro “O movimento operário no ABC paulista contado por seus autores”, págs. 225/231, de 2015, e Heleny Guariba, atriz e diretora, que ajudou a fundar o Grupo Teatro da Cidade, em Santo André, desaparecida até o hoje, consoante a entrevista de sua neta, Cândida Cappelio Guariba ao jornal ADCDMAIOR, de 25 a 28 de abril de 2014, pág. 4.

Para tanto, reproduzimos um trecho de um artigo de Leon Trotsky, “ROSA LUXEMBURGO E A IV INTERNACIONAL (Rápidas observações a respeito de uma importante questão), publicado em 1979, pela Kairós Livraria e Editora, como Introdução à obra “Greve de Massas, Partido e Sindicatos”, da grande revolucionária, um dos maiores nomes do Internacionalismo proletário.

Rosália Luxemburgo, a Rosa, "nasceu em 5 de março de 1871, na  cidade de Zamosc, Polônia-russa, radicando-se na Alemanha, tendo militado nos partidos operários revolucionários polacos e alemães, como o Partido Revolucionário Socialista Operário polonês e o Partido Social-democrata alemão, tendo feito seu doutoramento em Economia Política na Universidade de Zurique, dedicou-se à luta contra o revisionismo do marxismo.

Proximo à revolução de 1905, refugia-se na Polônia, onde é presa e libertada sob caução”. Em 1906, publica a mencionada obra, que trata da Revolução Russa de 1905. “Regressando à Alemanha, leciona Economia Política na Escola do Partido Social-Democrata, resultando daí sua obra mais importante: Acumulação do Capital.”

“Em 1916, em colaboração com Liebknecht e Mering, funda a Liga Spartacus. Em fevereiro do mesmo ano é presa, sendo libertada em novembro de 1918, época em que se desencadeia a revolução na Alemanha. Na prisão escreve a brochura Junius, as Cartas de Spartacus; elabora a Introdução à Economia Política.

Participa na criação do Partido Comunista Alemão em dezembro de 1918.

Vítima da contra-revolução, Rosa Luxemburgo é presa em 15 de janeiro de 1919, juntamente com Liebknecht, sendo ambos assassinados pelas força governamentais.” (“NOTA BIOGRÁFICA” da Kairós Livraria e Editora).

Segue o trecho de Leon Trotsky:

“(...) Podemos afirmar sem qualquer exagero: a situação mundial está determinada pela crise de direção do proletariado. O campo do movimento operário encontra-se ainda bloqueado pelas sobras poderosas das velhas organizações falidas. Depois de numerosas derrotas e desilusões, o grosso do proletariado europeu encontra-se fechado em si mesmo.

O decisivo ensinamento que ele tirou, consciente ou semi-conscientemente, de suas amargas experiências é o seguinte: as grandes ações exigem uma direção à altura. Para os negócios do dia-a-dia os operários continuam a dar seus votos às antigas organizações. Mas apenas seus votos, em absoluto sua confiança ilimitada. Por outro lado, após a lamentável decomposição da III Internacional,  tornou-se muito mais difícil incitá-los a confiar em uma nova direção revolucionária. Nessa situação, recitar  um monótono canto à glória das ações de massas relegadas a um futuro incerto, com o único fim de opor a uma seleção consciente dos quadros para uma nova Internacional, significa realizar um trabalho reacionário do começo ao fim.

A crise da direção proletária não pode, evidentemente, ser resolvida por meio de uma fórmula abstrata. Trata-se de um processo cuja duração é extremamente longa. Mas trata-se não apenas de um processo “histórico”, isto é, das condições objetivas da atividade consciente, mas de uma série ininterrupta de medidas ideológicas, políticas e organizativas, tendo em vista unir os melhores elementos, os mais conscientes do proletariado mundial sob uma bandeira sem mácula, de reforçar cada vez mais seu número e sua confiança em si próprios, de desenvolver e aprofundar sua ligação com camadas cada vez mais amplas do proletariado, em uma palavra: conferir novamente ao proletariado, em meio a uma situação nova, extremamente difícil e cheia de responsabilidades, sua direção histórica. Os confusionistas da espontaneidade deste recente modelo têm tão pouco direito de fazer apelo a Rosa Luxemburgo quanto os burocratas do Comintern a Lenin. Se deixarmos de lado tudo aquilo que é acessório e já ultrapassado pela evolução, temos todo o direito de colocar nosso trabalho pela IV Internacional sob o signo dos “três L”, ou seja, não apenas o de Lenin, mas igualmente sob o de Luxemburgo e Liebknecht." (Introdução de L. Trotsky, 1935, págs. 9/10, da referida obra de Rosa Luxemburgo, editada pela Kairós Livraria e Editora).

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