© foto: Adonis Guerra/ SMABC
A Volkswagen de São Bernardo do Campo dará férias coletivas a 1.800 operários metalúrgicos, a partir do dia 8 de outubro de 2018, por 30 dias, alegando “adequação da produção por conta da redução de exportações para a Argentina, principal parceira comercial da região, que passa por crise econômica e desvalorização da moeda local.” (Diário do Grande ABC, 29/09/2018).
A Volkswagen de São Bernardo do Campo dará férias coletivas a 1.800 operários metalúrgicos, a partir do dia 8 de outubro de 2018, por 30 dias, alegando “adequação da produção por conta da redução de exportações para a Argentina, principal parceira comercial da região, que passa por crise econômica e desvalorização da moeda local.” (Diário do Grande ABC, 29/09/2018).
Essa notícia foi objeto do Editorial do jornal e da página de Economia.
O Editorial assinalou que:
“Em momento tão delicado como o que atravessa a economia brasileira, com elevado número de desempregados, esse é o tipo de notícia que gera preocupação imediata. Não apenas aos trabalhadores da Volks, mas à região como um todo e ao País.
É inegável pensar que se não houver reação imediata, os 30 dias iniciais das férias coletivas podem ser ampliados e, em caso extremo, resultar em cortes. Sem contar a possibilidade de que se espalhe para outras multinacionais, que, assim como a Volks, vendem seus produtos para a Argentina.
As perspectivas para o país vizinho, entretanto, não são das melhores. Nesta semana foi paralisado por greve geral, motivada pela desvalorização da moeda, pelo desemprego e a elevação da pobreza.
No mundo globalizado, não há fronteiras nem para a crise.”
Ainda, segundo o referido jornal, “O contingente que sai de folga representa cerca de 20% do total de trabalhadores da fábrica da Anchieta, que atualmente é de 9.163 profissionais. Em agosto, a montadora deixou 1.000 em casa por 30 dias.” (Idem).
“Por conta dos problemas no país vizinho, que consumiu 47,08% (US$ 1,05 bilhão) do total exportado pelo setor automotivo da região neste ano, as demais empresas também sentiram queda nas exportações, conforme reportagem publicada pelo Diário no dia 22.
Questionadas, Mercedes, Ford e Toyota afirmaram que, por enquanto, não possuem previsão da utilização das férias coletivas. GM também não.” (Idem)
“Ainda no ano passado, 1.337 funcionários aderiram ao PDV (Programa de Demissão Voluntária) em 2016.” (Idem)
A crise econômica da Argentina é o resultado da política do Presidente Maurício Macri, agente do imperialismo, da burguesia e da política de conciliação e colaboração de classes das direções dos partidos operários e das centrais sindicais, que praticamente levaram ao desmonte da economia e à recolonização do país.
De certa forma, é a mesma política que está sendo aplicada pelos golpistas liderados por Michel Temer, no Brasil. É uma política de gigantesco ataque às conquistas da classe trabalhadora.
É preciso estarmos alerta, pois a Volks, mesmo tendo um crescimento de “33% nas vendas nacionais e, do setor automotivo, 14%, em relação ao ano passado” (Idem) não titubeará em jogar os prejuízos nas costas do trabalhadores.
Assim, tendo em vista essa notícia, é fundamental que os companheiros metalúrgicos de todas as fábricas do ABC exijam da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC a convocação imediata de uma Assembleia Geral da categoria para discutir um plano de lutas e para nos preparar contra possíveis ataques às nossas conquistas.
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