Por Leonardo Silva*
Os atos pelo Fora Bolsonaro no último dia 3 mostraram que, mesmo encima da hora e pegos de surpresa por uma decisão sem debate e preparação, a militância está em guarda e a tendência ao crescimento da mobilização depois de um longo período de paralisia ainda se apresenta.
Os atos pelo Fora Bolsonaro no último dia 3 mostraram que, mesmo encima da hora e pegos de surpresa por uma decisão sem debate e preparação, a militância está em guarda e a tendência ao crescimento da mobilização depois de um longo período de paralisia ainda se apresenta.
Contudo o último acontecimento chama a atenção e devemos estar atentos ao que vem acontecendo a partir dele. Sem consultar as bases, a coordenação do Comitê Fora Bolsonaro, uma comissão restrita de caráter quase privado e desconhecida da maioria do movimento, tem convidados elementos da direita golpista e figuras intragáveis inimigas dos trabalhadores, como a bolsonarista dissidente Joyce Hassemann, Kim Cataguiuri e Alexandre Frota para deliberar sobre o movimento.
Diante da extrema rejeição que isso provocou, anunciaram o apoio à participação do PSDB-SP nos atos, algo absolutamente indigesto para a militância e que só poderia dar em confusão.
Militantes do Partido da Causa Operária expulsaram elementos que carregavam bandeiras do PSDB. O fato iniciou uma campanha por setores da imprensa dita progressista pra dizer no mínimo inusitada.
Querem expulsar a participação do PCO, um partido de esquerda, da coordenação nacional do Fora Bolsonaro pelo ataque ao PSDB. Renato Rovai da revista Fórum tem sido um dos mais ferrenhos defensores dessa medida, trazendo inclusive acusações de roubo contra militantes do PCO, até agora não provados.
A nós militantes do PT cabe diversas perguntas: Será que é minimamente razoável aturarmos a presença do partido do golpe de 2016 e atual base do governo Bolsonaro, nos movimentos de rua? Sob que justificativa? Qual a popularidade desse partido que governa o estado de São Paulo há mais de 20 anos, com a população sob repressão bárbara? Qual a contribuição um partido que elegeu Bolsonaro poderia trazer ao movimento de massas?
Nós respondemos tranquilamente que absolutamente não, não temos nenhuma solidariedade pelo ocorrido com os supostos "militantes" do PSDB, e consideramos a sua presença uma afronta, uma provocação ao movimento e uma tentativa de destrui-lo. Queremos a direita fora dos atos pelo Fora Bolsonaro e não somos obrigados a tolerar a presença do PSDB, inimigos dos trabalhadores e repressivo contra professores, além de base bolsonarista no congresso enquanto neste exato momento votam junto com o Governo Genocida a entrega dos Correios.
Nossa solidariedade aos companheiros do PCO, e nosso total e absoluto repúdio a tentativa de expulsar um partido de esquerda da coordenação do movimento em favor de um partido da direita golpista agente do imperialismo, da CIA e do departamento de Estado Norte-americano responsável pela Lava-jato e pela prisão de Lula. É uma ingerência da burguesia no movimento através de sua quinta-coluna frente-amplista e não podemos de forma alguma aceitar.
Se o PCO for efetivamente expulso dessa coordenação que, já se mostrou muito pouco democrática, nós os receberemos nas ruas e lutaremos ombro a ombro para manter a direita fora da mobilização dos trabalhadores.
Fora Bolsonaro, Mourão e TODOS os golpistas! Eleições gerais! Lula presidente!
Leonardo Silva é professor, de Goiânia
Leonardo Silva é professor, de Goiânia
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Tendência Marxista-Leninista defende a formação de um partido operário marxista revolucionário e a luta por um governo operário e camponês, como também por uma Internacional operária e revolucionária, visando a implantação do Socialismo no Brasil, em toda América Latina e no mundo.
Este espaço está aberto para a manifestação democrática dos movimentos operário e popular. Contato por meio dos militantes da TML que distribuem o boletim Luta de Classes e o jornal Revolução Permanente. Junte-se a nós!
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