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Há 41 anos Vladimir Herzog era assassinado pela Ditadura militar

Há quarenta e um anos Vladimir Herzog era assassinado em 25 de outubro de 1975, no Doi- Codi, em São Paulo.

Vlado, como era carinhosamente chamado pelos amigos, colegas e camaradas, nasceu  em 27 de junho de 1937, Osijek, Croácia, no Reino da Yugoslávia, sendo de família judaica, sendo que ainda pequeno foi para a Itália, tendo de aprender rapidamente o italiano, pois seu pai era obrigado a se fingir de mudo, para não ser perseguido pelo regime fascista de Mussolini.

Herzog foi assassinado por perseguição direta do facínora ex-governador do Estado de São Paulo, José Maria Marin, hoje preso nos Estados Unidos.

Vladimir ficou conhecido como jornalista, quando foi assassinado era responsável pelo Jornal da TV Cultura, em São Paulo, mas ele tinha outra paixão: o cinema. Vlado sempre quis ser cineasta. O filme Doramundo, do cineasta João Batista de Andrade, teve o roteiro original de Vladimir Herzog.

Na época, os agentes da repressão diziam: “O pessoal do hotel da rua Tutóia está esperando a turma da TV Viet Cultura.” O Doi-Codi ficava na rua Tutóia.”, conforme artigo da jornalista, Rose Nogueira, também vítima da repressão, no Jornal “Unidade”, de outubro/novembro de 2015, Órgão Oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais. no Estado de São Paulo.

Leandro Konder, em seu depoimento, mencionou que embora o Partido Comunista tivesse uma política reformista, não tendo participado da luta armada, sofreu feroz repressão.  

Realmente, o PC teve 12 dos 13 membros do seu Comitê Central assassinados.

Infelizmente, fatos como esses no Golpe de 1964 continuam acontecendo no Golpe de 2016, como a morte de Valdir Pereira da Rocha, preso acusado de ser simpatizante do Estado Islâmico, sem nenhuma prova, que acabou sendo assassinado a pauladas por outros presos no dia 15 de outubro passado, na Cadeia Pública de Várzea Grande, cidade próxima à capital Cuiabá, no Estado do Mato Grosso, segundo a versão oficial. É a aplicação da “Lei Antiterrorismo”, por meio da Operação Hashtag da Polícia Federal, a polícia política do golpe de 2016.

Acrescente-se para piorar as coisas que o Exército reconheceu que está infiltrando militares nos movimentos populares, em total desrespeito à Constituição Federal de 1988, confirmando que já vivemos numa Ditadura. Os militares golpistas já haviam ameaçado a população, dizendo que estavam de prontidão, sendo que agora estão agindo de forma aberta desde as Olimpíadas. O Exército e as Forças Armadas, ao invés de defenderem a Pátria, estão defendendo os interesses da burguesia entreguista e do imperialismo norte-americano.

Assim, é fundamental a luta contra o golpe da burguesia entreguista e o imperialismo norte-americano, para que sejam conquistadas as liberdades democráticas e pelo desmantelado o aparato repressivo, com a extinção das polícias federal e militares, sendo substituídas por milícias operárias e populares. 

Tendência Marxista-Leninista, por um partido operário marxista revolucionário

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