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Apenas a aliança operário-camponesa poderá salvar a Amazônia

© foto: Araquém Alcântara

O governo do golpista e fascista Jair Bolsonaro, em oito meses, está levando o Brasil à barbárie, como demonstra aumento do ritmo da destruição de quase 300% de desmatamento da Floresta tropical, o que escandalizou o mundo.

A Amazônia legal brasileira é formada pelos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do estado do Maranhão (a oeste do meridiano de 44º de longitude oeste), com aproximadamente 5.000.000 quilômetros quadrados, representando 60% da Floresta tropical. Além disso, há aproximadamente 2.000.000 de quilômetros quadrados em 9 países sul-americanos, sendo 13% no Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Suriname e Guiana Francesa. A Floresta Amazônica produz 20% do oxigênio do Planeta, representando mais da metade das florestas tropicais remanescentes e sendo a maior biodiversidade no mundo.

Os golpistas, dirigidos pelos Estados Unidos e a CIA, ou seja, pelo imperialismo norte-americano, orquestraram a chamada “Operação Lava Jato” para perseguir adversários e impulsionaram o golpe de Estado que derrubou o governo da presidenta Dilma Rousseff, Partido dos Trabalhadores, e em seguida fraudaram as eleições de 2018, com a prisão do candidato que liderava as pesquisas eleitorais, o ex-presidente Lula, com o objetivo de reverter a queda da taxa de lucros dos bancos e dos grandes monopólios provocada pela própria crise capitalista mundial iniciada no final de 2007 e começo de 2008, que chegou de forma retardatária no Brasil por volta de 2013. Para tanto, estão implementando a recolonização e a escravidão da população brasileira de forma brutal, com a supressão de todos os direitos trabalhistas, previdenciários e sociais, juntamente com o desemprego e o encarceramento em massa, e o genocídio dos pobres e negros das periferias da cidades, dos camponeses, dos povos indígenas e quilombolas, com o objetivo de expansão do agro-negócio e a rapina das riquezas do País, como petróleo, ouro, diamante, nióbio, minério de ferro, etc., colocando em risco o meio ambiente, como fizeram com a Vale, empresa de mineração privatizada a preço de banana no governo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (favorecido, beneficiado e protegido da "Operação Lava Jato", diga-se de passagem), que destruiu o Rio Doce, no Estado de Minas Gerais.

Os golpistas destruíram o Incra (Instituto de Reforma Agrária) e a Funai (Fundação Nacional do Índio), colocando generais em sua direção, pois ainda vigora nas Forças Armadas a Doutrina de Segurança Nacional da época da ditadura, em razão de que os oficiais fascistas e torturadores não foram presos e nem punidos como aconteceu na Argentina.

A barbárie capitalista contra o meio-ambiente também é impulsionada pelo imperialismo norte-americano, associado aos demais países do G7, como Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Japão e Canadá. Assim sendo, denunciamos a demagogia do banqueiro e presidente da França imperialista Emmanuel Macron, defendendo a independência da Guiana e a expulsão do imperialismo francês da América do Sul. 

A lição do falecido médico, historiador e dirigente do Partido Comunista Brasileiro, Leôncio Basbaum, em sua obra “História Sincera da República, de 1961 a 1967”, pág. 121, Editora Alfa-Omega, 1977, continua atual:

“Até há poucos anos, a segurança nacional era antes de tudo a segurança da pátria contra um possível inimigo externo. As manobras militares imaginam um inimigo vindo do exterior, por mar ou por terra e toda a estratégia de defesa era então revista, pelo menos teoricamente. Era uma estratégia defensiva. Mas nestes últimos anos, sobretudo depois que as personalidades civis e militares norte-americanas começaram a fazer conferência na ESG (Escola Superior de Guerra – Nota da TML), o conceito de “segurança nacional” se refere sobretudo a um inimigo interno”.

Essa é a doutrina da “Segurança Nacional”, elaborada pelo General Golbery do Couto e Silva, do “Grupo da Sorbonne” a dita “inteligentsia” do Exército, teoria essa baseada no nazista Hermann Goering, que trata o povo brasileiro como inimigo interno.

Esse caminho da barbárie poderá levar o Brasil coloca em risco a integridade nacional, impulsionando forças centrífugas, com o País correndo o risco de se dividir em dois, de um lado o Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e de outro o norte e nordeste, ou mesmo dividindo-se em várias partes, como a ex-Iugoslávia, a ex-União Soviética,  ou como os nosso irmãos e vizinhos sul-americanos.

A situação política  e a crise econômica agrava-se dia a dia. A Bolsa de Valores sempre em queda, o dólar em alta, “pibinho” de 0,87% e a enorme rejeição do golpista Bolsonaro denunciam a crise do regime golpista e a crescente polarização da luta de classes, demonstrando que se avizinha uma situação pré-revolucionária, onde os de cima, os golpistas, já não estão tendo condições de governar como antes, e os de baixo, a classe trabalhadora e a maioria oprimida nacional, já demonstram insatisfação com as suas condições de sua existência.

Os golpistas estão tentando se segurar manobrando, sendo que recentemente acenaram com a liberação do FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço), para conter a insatisfação popular, mas tiveram que recuar devido à pressão da indústria da construção civil, a qual utiliza esses recursos para financiar seus empreendimentos imobiliários. Aí os golpistas liberaram apenas até R$ 500,00 por pessoa. Em seguida, os golpistas anteciparam a primeira parcela do 13º salário, o abono de Natal. Mas o campo de manobra está ficando cada vez mais limitado. Está chegando a hora da onça beber água! Provavelmente o bicho vai pegar!

Por outro lado, o movimento operário e popular, único que pode salvar a Amazônia, está sendo contido por suas direções burocráticas e reformistas, que têm uma política frente populista de conciliação e colaboração de classes, as quais se recusam a impulsionar uma greve geral por tempo indeterminado para por abaixo o regime golpista. Essas direções vêm se utilizando da paralisação por apenas 24 horas, como válvula de escape das pressões das massas, o que tem impedido a abertura de uma situação pré-revolucionária no Brasil.

As direções majoritárias dos partidos operários, como PT, PCdoB, PSOL e PSTU, das centrais operárias, como a CUT, CTB, INTERSINDICAL, CSP-Conlutas, e dos movimentos populares, como MST e MTST seguem semeando ilusões eleitoralistas e parlamentaristas, ou seja, na democracia burguesa, a qual, como sabemos, não passa da ditadura do capital.

No entanto, não há como superar essas direções burocráticas e reformistas, senão levantando a bandeira da aliança operário, camponesa e estudantil para a derrubada do regime golpista e de suas instituições burguesas, na perspectiva de um governo operário e camponês, rumo ao socialismo, baseada num programa de transição, com as palavras de ordem de redução da jornada de trabalho sem redução de salários;  reajustes e aumentos reais de salariais de acordo com os índices do DIEESE; anulação da “Reforma Trabalhista”; contra aprovação da “Reforma da Previdência”, ou seja, com o fim da aposentadoria; formação de comitês de autodefesa operária e popular, a partir dos sindicatos; liberdade para todos os presos políticos, como Lula, Zé Dirceu, João Vaccari, Rafael Braga; expulsão do imperialismo, unidade e independência nacional; e Fora Bolsonaro e todos os golpistas e destruição de suas instituições burguesas!

Para tanto, é fundamental a formação imediata de uma frente única operária, camponesa e estudantil, dos partidos operários e das organizações de massas, como PT, PCdoB, PSOL, PCO, CUT, CTB, Intersindical, CSP-Conlutas, MST, MTST, e UNE, na perspectiva de um Governo Operário e Camponês, rumo à revolução proletária, socialista!

- Fim do desmatamento e destruição da Floresta Amazônica!

- Fora os países imperialistas da América do Sul!

- Independência da Guiana e expulsão do imperialismo francês!

- Anulação da “Reforma Trabalhista”!

- Não à aprovação da “Reforma da Previdência”!

- Lula livre!

- Fora Bolsonaro e todos os golpistas! 

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