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Organizar comitês de autodefesa a partir dos sindicatos

A situação da luta de classes no Brasil está se acirrando cada vez mais, a começar pelo Rio de Janeiro com a intervenção militar, sendo que na madrugada do dia 24 de março oito pessoas foram mortas na Favela da Rocinha e,  no dia seguinte, cinco pessoas foram assassinadas na região metropolitana, na cidade de Maricá,  isto é, apenas no final de semana passado ocorreram duas chacinas com 13 mortos.

Ao que parece, o objetivo da intervenção militar é consumar o mais rápido possível o genocídio da população pobre e negra do Rio de Janeiro, o segundo maior Estado da Federação brasileira, servindo de “laboratório” para que seja estendida para os demais Estados. 

A Caravana de Lula pelo sul do País está sendo atacada a tiros por bandos de fascistas de latifundiários com a conivência da polícia, para dizer o mínimo, com forte suspeita de que até estejam participando e impulsionando os ataques.

Paralelamente, os trabalhadores têm realizado manifestações e greves, como os funcionários dos Correios contra a privatização e os professores da rede municipal da capital de São Paulo, que obtiveram uma grande vitória contra a tentativa do prefeito fascista tucano do PSDB, João Dória, de aumentar alíquota da contribuição dos servidores de 11% para 14%, fazendo fracassar a “Reforma da Previdência” do golpista.

O acirramento da luta de classes é reflexo, de um lado, do agravamento da crise econômica, das falências, do aumento do subemprego e do desemprego,  da carestia, e do aumento da miséria das massas, e, de outro, da resistência dos trabalhadores que têm enfrentado o governo golpista de Michel Temer e dos militares, principalmente no que tange aos ataques à Previdência Social e às tentativas de privatizações, como no caso dos Correios, assim como com relação ao extermínio da população pobre e negra das periferias das cidades. Mesmo a Caravana de Lula, que expressa apenas a sua política eleitoralista de conciliação e colaboração de classes, concretamente, objetivamente, tem sido mais um elemento de agravamento da crise do governo golpista civil-militar, o qual responde, por intermédio dos latifundiários e bandos fascistas, com atentados à bala. Foram quatro tiros contra dois dos três ônibus  da Caravana de Lula. 

Assim sendo, nós trabalhadores precisamos nos preparar e organizar cada vez mais, para resistirmos aos bandos fascistas, evitando que aconteça no Brasil, o que aconteceu na Itália dos anos 20 e Alemanha dos anos 30 do Século passado, com a ascensão de Benito Mussolini e Adolf Hitler, respectivamente. Já passou da hora dos trabalhadores formarem comitês de autodefesa, as milícias operárias e populares, a partir dos sindicatos, bem como convocarem um Congresso de base da classe trabalhadores em São Paulo, com delegados eleitos nos Estados, para organizar a resistência ao golpe militar e seus bandos nazi-fascistas.

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