As centrais sindicais deliberaram que o próximo dia 22 de março, sexta-feira, será o dia de luta contra a “Reforma da Previdência” da burguesia e do imperialismo golpistas.
O regime golpista encontra-se em profunda crise política e econômica, após a fraude nas eleições, com a prisão política e o impedimento da candidatura de Lula e a “vitória” do fascista Jair Bolsonaro; e a divulgação do “Pibinho” (Produto Interno Bruto) de apenas 1,1% de 2018. As suas diversas facções (milicianos fascistas, militares, olavistas – seguidores do picareta que se diz filósofo – legislativo, judiciário, ministério público lavajatistas subordinados ao imperialismo norte-americano, etc.), pressionadas pelo imperialismo norte-americano e os bancos para que aprovem a “Reforma da Previdência”, estão em luta intestina para tentar conseguir uma parte do botim, do saque na economia nacional. O presidente fascista está acenando com 10 milhões de reais para cada parlamentar votar o fim dos direitos previdenciários da classe trabalhadora. Além disso, temem a possível e provável reação e protagonismo da classe trabalhadora que poderá colocar em risco o regime golpista e suas instituições burguesas.
Os golpistas falaram que com a “Reforma Trabalhista” seriam criados mais empregos, mas os fatos os vão desmentindo, pois o desemprego tem aumentado. Cada medida política e econômica que eles tomam, como as privatizações, desmatamento, ausência de fiscalização das condições de trabalho, repressão dos pobres e negros nas periferias da cidades, repressão da população quilombola e dos povos indígenas, piora a economia e o desemprego, e vão aumentando as tragédias como a de Brumadinho, em Minas Gerais, do Centro de Treinamento do Flamengo e da chacina de 15 pessoas que foram executadas numa favela em Santa Tereza, no Rio de Janeiro, assassinatos numa Escola, em Suzano, em São Paulo, aumento de assassinatos no campo, apenas para exemplificar.
E também, para complicar mais as coisas, vem à tona e fica claro como água, que os assassinos de Marielle Franco são milicianos, da Polícia Militar do Rio de Janeiro, vinculados aos golpistas, um deles vizinho do presidente fascista.
Ainda, está sendo noticiado, no momento em que escrevemos, que está havendo uma manifestação na Casa Branca, em Washington, nos Estados Unidos, contra Jair Bolsonaro, o presidente fascista do Brasil, com palavras de ordem como “Not him”, o nosso popular Ele Não!
Todavia, o movimento operário e popular, ao invés de protagonizar um poderoso movimento no sentido da derrubada do podre regime golpista e de suas instituições burguesas, como judiciário, ministério público, forças armadas, que exalam um mal cheiro insuportável, encontra-se paralisado em razão de sua direção majoritária burocrática e pelega, que vive basicamente dos aparatos dos sindicatos e das Centrais Sindicais, como CUT, CTB, Força Sindical, CSP-Conlutas, Intersindical, e todas as demais, que sustentam o regime golpista, traindo e contendo a enorme disposição de luta dos trabalhadores por suas reivindicações imediatas e por seus direitos trabalhistas e previdenciários.
As direções burocráticas e pelegas não mobilizam os trabalhadores, todavia, em razão das pressões destes, apenas realizam paralisações de 1 dia, de 24 horas, visando conter as mobilizações, para que elas não coloquem em risco a estabilidade do regime golpista.
Assim, nós da TML vamos participar do dia 22 de março, apontando essa traição, mas defendendo nossa política independente, denunciando o reformismo e a colaboração e conciliação de classe da maioria das direções sindicais e a necessidade de preparar e organizar uma greve geral por tempo indeterminado.
Os burocratas boicotam sistematicamente a convocação de uma greve geral por tempo indeterminado por que sabem que isso colocará em risco os seus privilégios e o regime golpista.
Portanto, é fundamental substituir essa burocracia sindical pelega, como fizemos quando da ditadura de 1964, formando oposições sindicais classistas para enfrentar, desmascarar e expulsar os burocratas e pelegos dos sindicatos e das Centrais, buscando forjar uma nova vanguarda operária e revolucionária, uma Frente operária, camponesa e estudantil, para a defesa um programa de luta pelas reivindicações imediatas e transitórias dos trabalhadores contra o desemprego, reajustes salariais de acordo com os índices do Dieese, redução da jornada de trabalho sem redução do trabalho, Fundo Desemprego, com cada trabalhador empregado doando 0,5% de seu salário mensal, formação de comitês de autodefesa operária a partir dos sindicatos, e sobretudo agora preparar e organizar uma Greve Geral por tempo indeterminado, com a eleição de comandos de greve, pela libertação dos presos políticos, Lula Livre, anulação da “Reforma Trabalhista” e contra a aprovação da “Reforma da Previdência” e pela derrubada do regime golpista e de suas instituições burguesas.
Para tanto, é urgente a reorganização da vanguarda operária e comunista, para a construção de um partido operário marxista revolucionário, que lute por um governo operário e camponês, rumo ao socialismo.
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