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Ameaça de motim da Polícia Federal faz Temer/Cunha darem aumento de 37%

Os policiais federais ameaçaram fazer motim e conseguiram de Temer/Cunha um aumento de 37% em seus vencimentos.

A TML esclarece que, embora os policiais federais falem em greve, trata-se motim pois elementos da repressão não são trabalhadores, não pertencem à classe trabalhadora, tornaram-se cães de guarda da burguesia e do imperialismo.

Inclusive, a Política Federal tornou-se a polícia política do golpe da burguesia e do imperialismo, como podemos ver na farsa da “Operação Lava-Jato”, transformando a bela capital paranaense, Curitiba, na Nova Guantánamo, onde as pessoas são presas sem culpa formada, ou seja sem acusação formal, sendo torturadas a pretexto de “prisão cautelar” (“prisão temporária” e “prisão preventiva”), para fazerem “confissões” e “delações” premiadas, em total violência ao devido processo legal.

Além disso, José Dirceu é mantido preso, condenado sem provas, pelo Supremo Tribunal Federal golpista, que adotou a nazi-fascista “Teoria do Domínio do Fato”, e rasgou a Constituição Federal ao acabar com o princípio da presunção de inocência, dando total respaldo à ditadura Temer/Cunha. Historicamente, o Supremo é o mesmo que entregou Olga Benário Prestes aos nazistas. 

Anteriormente, as Forças Nacionais no Rio de Janeiro amotinadas no Rio de Janeiro, ameaçaram abandonar a “segurança” nas Olimpíadas, reclamando dos alojamentos e da comida, conseguiram obter reajuste nas diárias de 150%, cedido pelo governo golpista Temer/Cunha.

Assim, de R$ 220,00 a diária passou para R$ 550,00, o que permitirá aos policiais militares da Força Nacional ganharem aproximadamente R$ 16.000,00 reais para atacar o povo pobre e negro do Rio de Janeiro, durante os 30 dias das Olimpíadas.

Essa Força Nacional é composta por policiais militares e bombeiros de 26 estados da federação brasileira, constituindo-se numa espécie de “Legião Estrangeira francesa”, um verdadeiro esquadrão da morte.

O Partido dos Trabalhadores (PT) não votou a Constituição Federal de 1988 porque entendia que o aparata repressivo da ditadura militar havia sido mantido intacto. Infelizmente, o PT foi se aburguesando e criou essa força de repressão, que juntamente com a proliferação das “empresas de segurança” e das “guardas civis” aumentaram ainda mais o aparato repressivo contra os trabalhadores e o movimento popular, principalmente o povo jovem, pobre e negro das periferias das cidades.

O ministro golpista da defesa, Raul Jungmann, anunciou recentemente uma verdadeira operação de guerra no Rio de Janeiro contra a população pobre da cidade, a pretexto de preparar a segurança das Olimpíadas.  

Foram mobilizados o Exército, as Forças Nacionais e a Polícia Militar.

Os morros, onde se concentra a grande maioria população pobre e negra, ficarão a cargo da Polícia Militar, acostumada e especializada na repressão diária da população pobre e negra no Rio de Janeiro, sendo que a Força Nacional dará retaguarda à PM.

Já o Exército, por ser composto em sua base por soldados, filhos de trabalhadores e camponeses, é sempre problemática a sua utilização, pois não está acostumado a matar pobre e negros diariamente. Somente serão utilizados em casos extremos.

No Rio de Janeiro, como em São Paulo, são mortas pela PM mais de 500 pessoas anualmente, em cada uma das cidades. Um média de 2 pessoas por dia.

As Olimpíadas são também um pretexto para o avanço da especulação imobiliária, pois o setor patrocina a repressão à população pobre na ânsia para conseguir retomar os espaços ocupados pelos pobres, motivo pelo qual é criado esse estado de terror na cidade, inclusive com a atuação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) que não têm nada de pacificadoras, mas sim de aterrorizadoras.

Então, nessa situação de militarização do Rio de Janeiro, é fundamental a luta por liberdades democráticas, liberdade de manifestação e organização e contra a repressão da população jovem, pobre e negra da cidade, motivo pelo qual os operários e o conjunto de trabalhadores devem organizar comitês de autodefesa, a partir dos sindicatos e das centrais sindicais.

É a "política do Estado Mínimo": só polícia e forças armadas contra o povo!

Qualquer benefício que for dado à Força Nacional (Policiais Militares) e à Polícia Federal dará mais e melhores condições para que elas ataquem ainda mais ferozmente ao povo pobre e negro das periferias das cidades.

Essa luta deve ter a perspectiva de se desdobrar na formação de comitês de autodefesa, a partir dos sindicatos, e na luta pela greve geral, por meio da eleição de comandos de greve, contra o golpe da burguesia entreguista e do imperialismo norte-americano, pela derrubada revolucionária da ditadura Temer/Cunha. 

- Pelas liberdades democráticas!

- Pela liberdade de manifestação e organização!

- Abaixo à repressão!

- Dissolução da Polícia Militar!

- Formação de comitês de autodefesa a partir dos sindicatos!

- Fora Temer/Cunha!

Tendência Marxista-Leninista, por um partido operário marxista revolucionário

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