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Estados Unidos ataca a Síria e polícia assassina negro em Oklahoma

Os Estados Unidos atacaram a Síria, no sábado dia 17/9, enquanto a sua polícia assassinou um negro desarmado, identificado como Terence Crutcher, de 40 anos, ontem, segunda-feira, dia 19, em Tulsa, Oklahoma.

Os Estados Unidos invadiram e atacaram a Síria, pela fronteira do Iraque, realizando 4 ataques aéreos contras as tropas do Exército sírio, matando 62 militares e ferindo 180.

O ataque aconteceu para dar cobertura aos terroristas do Estado Islâmico (EI), os quais em seguida atacaram por terra o Exército sírio.

Fica clara, pois, a cooperação militar da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a máquina de destruição de povos do imperialismo norte-americano, com os “rebeldes” e “mercenários” do Estado Islâmico.

Por outro lado, nos Estados Unidos, conforme noticiado, hoje, 20/9, pelo insuspeito Portal pró-imperialista G1:

“Um agente de polícia de Tulsa, em Oklahoma, nos Estados Unidos, matou a tiros um homem negro, que estava desarmado, cujo veículo tinha dado problema em uma estrada, apontando para um novo caso de suposta violência policial, contra afro-americanos no país.”

Essa morte de Terence Crutcher, de 40 anos, se soma às mortes também recentes de Essas mortes se somam as de Tyrone Harris Jr., 18, em Baltimore, Michael Brown, 18, em Ferguson, Philando Castile, 32, em Minnesota, Alton Sterling, 37, em Louisiana. Tudo isso em menos de 1 ano.

Inclusive, em 7 de julho passado, houve um protesto em Dallas, onde Micah Xavier Johnson, um soldado do exército, um veterano de guerra, um ex-militar, indignado, em represália, matou 5 cinco policiais brancos.

Terence, Tyrone, Michael, Philando, Alton e Micah são mártires do povo afro-americano.

Abrimos um parênteses para mencionar que no Brasil a situação é pior ainda. O genocídio aqui é perpetrado cotidianamente nas periferias das cidades brasileiras, por meio das polícias militares, da Força Nacional, verdadeiros esquadrões da morte. No Rio de Janeiro, como em São Paulo, são mortas pela PM mais de 500 pessoas anualmente, em cada uma das cidades. Um média de 2 pessoas por dia. A Polícia Militar do Estado de São Paulo foi treinada e armada até os dentes, pelo Enclave terrorista e sionista de Israel, e segue reprimindo as manifestações contra o golpe da burguesia entreguista e do imperialismo norte-americano, infiltrando provocadores do Exército nas manifestações para prender o povo que está revoltado. Agora durante o curto período das Olimpíadas, foram mortas 8 pessoas no Rio de Janeiro, com participação do Exército. É urgente a derrota do golpe e a dissolução da Polícia Militar.

Voltando aos Estados Unidos, a polícia americana é semelhante as SS nazistas.

Terrel Carter, um escritor negro e líder comunitário, que trabalhou na polícia, foi entrevistado por Marcelo Ninio, da Folha de S. Paulo, em Washington, em 9/7,  e esclareceu que:

“A violência policial contra pessoas de cor sempre aconteceu, mas ganhou maior visibilidade com as redes sociais e os celulares, algo que o mundo está vendo mais.”

(...)

Incomodado com a cultura racista e o código de silêncio que encontrou na polícia, Carter só ficou cinco anos de farda. O chamado “perfil racial” (ação baseada em critérios raciais) não é algo explícito, diz ele, mas amplamente praticado pela polícia.

“Ninguém diz isso abertamente, mas os focos da ação policial são sempre os bairros de maioria negra”, afirma. “O que me foi ensinado quando eu estava na polícia é que, se você quiser fazer uma prisão para melhorar as estatísticas e ser promovido, nesses bairros é sempre mais fácil.”

Os EEUU é um país racista como o Brasil. Como disse Malcolm X, não existe capitalismo sem racismo. É necessário acabar com o capitalismo, com o imperialismo norte-americano, para que consigamos por fim ao racismo. Não conseguimos mais respirar! Enquanto não fizermos isso, mais jovens negros morrerão como em Ferguson, como em Baltimore e agora em Tulsa, Oklahoma e nas diversas cidades americanas.

Os trabalhadores americanos negros e brancos precisam, nesta conjuntura, com os ataques nazi-fascistas da polícia americana, como em Ferguson e Baltimore, discutir e organizar grupos de autodefesa. O Socialist Workers Party (Partido Socialista dos Trabalhadores) dos Estados Unidos, no final dos anos 1930, numa conjuntura semelhante a que vivemos hoje, discutiu com Trotsky a formação de grupos de autodefesa. Trotsky ensinou que:

“As palavras de ordem do Partido devem ser lançadas lá onde possuímos simpatizantes e operários que nos defenderão. Mas um partido não pode criar uma organização de defesa independente. A tarefa consiste em criar esses organismos nos sindicatos. Devemos possuir grupos de camaradas bem disciplinados, com dirigentes prudentes...”

Os operários e trabalhadores americanos brancos e negros devem, a partir de suas entidades sindicais e populares, organizar grupos de autodefesa, espalhando-os pelas cidades americanas, visando à dissolução da polícia SS racista e nazista norte-americana.

A classe trabalhadora norte-americana precisa organizar o seu partido operário marxista revolucionário e a Internacional operária e revolucionária para lutar pela Revolução Socialista Americana e Mundial, as quais colocarão na ordem do dia a dissolução da polícia SS nazista das cidades americanas, e sepultará para sempre o capitalismo e o racismo, como nos ensinou Malcolm X, não só nos Estados Unidos, o que também impulsionará a derrubada do capitalismo em nível mundial. 

Já com relação ao ataque à Síria, é preciso ficar claro que imperialismo norte-americano, do falcão Obama, que tem patrocinado uma média de 1 golpe por ano no seu governo (Honduras,Paraguai, Ucrânia - neste país, os nazistas foram apoiados pelos israelenses; é mole ou quer mais?! -, Egito, Líbia, Síria, Brasil, etc) o imperialismo da União Europeia e da Organização das Nações Unidas (ONU, que como disse Lênin de sua antecessora, a Sociedade das Nações, não passa de um covil de bandidos). O imperialismo, como dizia Vladimir Lênin, é o estágio superior do capitalismo, é a época dos monopólios, do capital financeiro (fusão do capital industrial com o bancário). É a época da reação em toda linha (OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte, marines, drones, golpes de estado etc.), de guerra e revoluções.

Assim, nos colocamos pela defesa incondicional do Estado sírio diante do ataque do imperialismo norte-americano, mas sem ter ilusão em Assad, que poderá capitular perante o imperialismo a qualquer momento, o que coloca a necessidade de que seja superada essa direção por meio da formação de um partido operário marxista revolucionário sírio, assim como de um partido operário marxista revolucionário nos Estados Unidos, seções de uma nova Internacional operária, marxista e revolucionária, para lutar por um governo revolucionário dos trabalhadores, através da revolução proletária internacional.

Tendência Marxista-Leninista, por um partido operário marxista revolucionário

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