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O Plano golpista e pró-imperialista de escravidão e recolonização do Brasil coloca em risco a unidade nacional

A crise capitalista mundial que vivemos é muito parecida com a crise que antecedeu à II Guerra Mundial, com a ascensão de Hitler em 1933 na Alemanha.

O golpe da burguesia entreguista e do imperialismo norte-americano este ano no Brasil pretende escravizar e recolonizar o país, com o aumento da jornada de trabalho para 80 horas semanais, a supressão dos direitos trabalhistas da CLT, previdenciários com o fim das aposentadoria, entrega/privatização das empresas e bancos públicos, significando um retrocesso de mais de 300. Poderemos voltar ao Século XVIII.

Essa perspectiva coloca em risco a unidade nacional, porque poderá liberar forças centrífugas no sentido da desintegração do Brasil, como aconteceu com os nossos vizinhos de língua espanhola. 

O Brasil poderá se dividir em pelo menos dois ou três Estados. A primeira possibilidade é se dividir em dois: 1) o primeiro Estado poderá ficar com o Região Norte, Nordeste e parte norte de Minas Gerais e 2) o segundo Estado a Região Centro-Oeste, Sudeste e o Sul.

Outra possibilidade é se dividir em três: 1) Norte, Nordeste e norte de Minas Gerais; 2) Região Centro-Oeste e Sudeste; e 3) Região Sul.

As crises econômicas costumam liberar forças centrífugas. Isso aconteceu, apenas para exemplificar, com a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) (Rússia, Ucrânia, Beilorrússia, etc.), a Iugoslávia (Sérvia, Croácia, Montenegro, Bosnia, Herzegovina), Tchecoslováquia (República Tcheca e Eslováquia) que se desintegraram, passando a existir diversos Estados soberanos.

Para quem acha que isso é especulação e abstração, deixamos claro que essas forças centrífugas já estão agindo no Brasil, pois no dia 1º de outubro houve “A consulta informal, sem validade legal, será realizada pelo movimento separatista “O Sul é meu país” neste sábado (1), das 8h às 17h.”

“Sim ou não. Essas são as alternativas que moradores de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná poderão assinalar nas cédulas que perguntam sobre a formação de um novo país, formado apenas pelos três Estados.”

“No último ano, uma centena de reuniões e eventos foram realizados pelos voluntários. Segundo Celso Deucher, 49 um dos fundadores do movimento, a organização arrecadou R$ 100 mil em doações para fazer a votação.

A ideia original era realizar o “Plebisul”, como é chamada a consulta(...)”

A estimativa de Deucher é que a votação aconteça em 1.500 urnas instaladas e até 500 cidades. O historiador e jornalista acompanhará a votação em Brusque (SC) onde serão computados os votos dos três Estados. A previsão é que o resultado seja divulgado até às 21 h.” (Paula Sperb, colaboração para a Folha, em Porto Alegre, Folha de S. Paulo, sábado, 01/10/2016).

No plebiscito votaram 617.543 pessoas, sendo que 95,75% pela separação do Sul.

O Brasil já aconteceu de perder uma de suas províncias (o equivalente a hoje a Estado da Federação), a Cisplatina, que hoje é o Uruguai, em 1825.

A Tendência Marxista-Leninista, embora respeitando o direito à autodeterminação dos povos, luta pela unidade do proletariado brasileiro e mundial.

Assim, para a manutenção da unidade e independência nacional urge que derrotemos aos golpistas, realizando as tarefas democráticas, como expulsão do imperialismo e reforma e revolução agrárias, na perspectiva de um governo operário e camponês, rumo ao socialismo e à revolução internacional, para edificarmos os Estados Unidos Socialistas da América do Sul, Central e do Norte.

Erwin Wolf

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