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Monopólio imperialista luta contra eletrificação dos automóveis ameaçando trabalhadores

*Por Leonardo Silva

As grandes montadoras ameaçam ir à falência depois de atrasar quase 50 anos o desenvolvimento de automóveis elétricos. Tudo por um motivo: As montadoras chinesas e pequenas fabricantes que saíram à frente na tecnologia e são atualmente as únicas que tem valor de mercado crescente.

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Recentemente li um artigo onde o “CEO” de um desses conglomerados girantescos do imperialismo (dentre eles Fiat, Citroen, Peugeot etc…) faz ameaças para que governos e acionistas pressionados pelo crescimento da influência dos chineses nesse mercado estendam ainda mais o prazo para o fim dos automóveis a combustão alegando que eles não tem condições para investir e que isso acarretará no aumento do preço final ao consumidor e fechamento de mais fábricas pelo mundo.

Pra termos uma ideia, um automóvel elétrico elimina de uma só vez uma quantidade gigantesca de peças e manutenção, como câmbio, embreagem, troca de óleo, correias, bielas, pistões velas, etc. Tudo isso corresponde a um mercado, além claro das grandes petroleiras, que não estão afim de abrir mão sem se debater e travar uma guerra contra a eletrificação.

E na nova onda neoliberal quem paga a conta são os trabalhadores, que perderão seus empregos pelo simples fato de que inovação tecnológica e capitalismo decadente não combinam e que toda vez que a tecnologia avançou nos marcos do capitalismo não foi sem que se quebrassem grandes elos de correntes de monopólio, como ocorreu com a IBM que até o “boom” da informática a partir dos anos 80 era a que detinha todo o monopólio de computação.

Se os monopólios imperialistas não conseguem acompanhar a evolução tecnológica então que entreguem a produção! O trabalhadores devem se organizar para a tomada dessas fábricas para possibilitar o aumento da produção e a abertura da colaboração tecnológica que possibilita a eletrificação completa dos automóveis, bem como a transição de todo o mercado de peças, sem que os empregos pereçam.

Leonardo Silva é professor.

Este espaço é aberto à manifestação democrática do movimento operário e popular.

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