© foto: Dino Santos
O movimento popular ficou mais de um ano em uma paralisia quase absoluta. Tal situação foi produto de uma política reacionária que foi imposta sob o pretexto da pandemia. A burguesia, para encobrir a ausência total de uma política de combate ao vírus, propagou a ideologia do “fique em casa”. Essa política foi seguida pela maior parte da esquerda e das organizações populares e sindicais, enquanto os trabalhadores tinham que estar na rua e em seus trabalhos para garantir a sobrevivência das suas famílias.
O movimento popular ficou mais de um ano em uma paralisia quase absoluta. Tal situação foi produto de uma política reacionária que foi imposta sob o pretexto da pandemia. A burguesia, para encobrir a ausência total de uma política de combate ao vírus, propagou a ideologia do “fique em casa”. Essa política foi seguida pela maior parte da esquerda e das organizações populares e sindicais, enquanto os trabalhadores tinham que estar na rua e em seus trabalhos para garantir a sobrevivência das suas famílias.
Eis o que levou à paralisia das lutas populares. Sob uma pressão enorme das bases, finalmente uma multidão saiu às ruas no dia 29 de maio. Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas contra o governo Bolsonaro e contra os golpistas em geral. Com oscilações de tamanho, provocadas pela sabotagem dos setores que defendem a frente ampla com a direita golpista, a esquerda sozinha repetiu o feito em outras seis ocasiões.
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É nítida a enorme impopularidade de Bolsonaro, como é nítida também a polarização política no País, que ficou clara nos dias 7 e 12 de setembro. No dia 7, Bolsonaro conseguiu, logicamente usando toda a máquina do governo e dos setores burgueses que o apoiam, colocar centenas de milhares nas ruas principalmente em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Já no dia 12, a direita tradicional fracassou ao tentar emplacar a terceira via nas ruas. Mesmo com o apoio da imprensa, da máquina do governo de São Paulo e da burguesia, João Doria, MBL e Cia não levaram ninguém às ruas.
Mesmo diante desse fato, os mesmos setores da esquerda que obedeceram à política da direita do “fique em casa”, levando o movimento à paralisia em 2020, agora defendem a presença dessa direita, sem popularidade e principal responsável pelo golpe e pela própria ascensão de Bolsonaro, nas manifestações.
Esses setores da esquerda dizem que não é possível mobilizar as ruas sem a presença dessa direita, ignorando os fatos. Na realidade, apesar das justificativas, essa política é uma tentativa de construção da frente ampla, que não é nada mais do que a aliança com os golpistas da direita tradicional.
Essa aliança, que está sendo articulada na cúpula dessas organizações, pelas costas de todo o movimento, é um erro em todos os sentidos: 1) ela só serve para dar uma aparente popularidade, usando a mobilização da esquerda, para os impopulares da direita golpista; 2) ao contrário do que afirmam os defensores da direita, a presença desses golpistas nos atos vai levar a um esvaziamento e à derrota da mobilização; 3) a direita que tentam contrabandear para dentro dos atos é inimiga da luta do povo, defendeu o golpe, apoiaram e sustentam Bolsonaro e aprovam todas as políticas essenciais desse governo como a reforma administrativa, as privatizações, o corte de direitos, em suma, são cúmplices na miséria a que o País foi levado.
Chamamos todos os companheiros, militantes, ativistas e organizações a repudiarem a tentativa de impor a presença dos inimigos do povo na mobilização. Essa política é contra os interesses dos trabalhadores e de todo o povo.
Os grupos que defendem a aliança com esses golpistas querem fazer pelas costas de todos, por isso não querem discutir amplamente a questão, para que a maioria possa decidir. Propomos a formação de um Bloco Vermelho que se constitua como uma verdadeira frente de luta contra Bolsonaro, contra o golpe e que coloque em evidência todas as reivindicações dos trabalhadores!
FORA BOLSONARO E TODOS OS GOLPISTAS!
• Nada de direita nos atos!
• Não à privatização dos Correios e da Eletrobrás!
• Reestatização da Petrobras sob o controle dos trabalhadores!
• Não à reforma administrativa!
• Reforma Agrária com expropriação do latifúndio!
• Reforma Urbana sob o controle das organizações populares!
LULA PRESIDENTE, POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES!
PCO - Partido da Causa Operária • PCPB - Partido Comunista do Povo Brasileiro • AJR - Aliança da Juventude Revolucionária • Bateria Popular Zumbi dos Palmares • CasaNem /RJ • Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo • Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo • Coletivo de Negros Joao Cândido • Comitê Fora Bolsonaro Centro – Zona Sul/RJ • Comitês de Luta • Corrente Sindical Nacional Causa Operária • Diretório Zonal do PT Santo Amaro/SP • Grupo por uma Arte Revolucionária e Independente (GARI) • PT Leopoldina Núcleo Geraldo Cândido/RJ • Tendência Marxista-Leninista (TML) • Águida Helena Vieira - presidente do PT de Patos de Minas MG • André Constantine - Movimento Nacional das Favelas e Periferias • Beatriz Mendes de Melo - PT Rio de Janeiro • Carlos Guimarães - Membro DZ Jabaquara PT/SP • Charles Gentil, Coordenador do Comitê Popular Antifascista Ponte Rasa Pela Democracia e Lula Livre • Edinaldo Ferreira coordenador da subsede da CUT na região de São Carlos/SP • Carteiro, ex-secretário geral da Fentect, da coordenação da Corrente Ecetistas em Luta • Elton Lima - Executiva estadual da CUT-RS • Everton Barboza – Conselho CPERS-Sindicato • Expedito Mendonça - diretor SINDSEP/DF • Gabriel Mendes de Melo - Filiado do PT Rio de Janeiro • Indianara Siqueira (da Casa NEM) • Irani Pereira de Amorim e Romualdo - Militante petista de Belo Horizonte-MG • João Roberto Bourcheid – membro do conselho do CPERS-Sindicato • Julio Marcelino - Sindicato dos Frios/SP • Luis Aparecido de Moraes (Biaia) Presidente do Sindicato dos trabalhadores dos Correios de Campinas e Região • Luis Fernando de Fraga Silva. Diretor SIMPA/RS • Luiz Antonio Lourenzon, dirigente da CUT-PE e da FUP • Mailson da Silva Neto, diretor do Sindicato dos Engenheiros de Pernambuco • Marcos Landa - membro Diretório do PT de Nova Lima/MG • Marina Madeira - Conselheira Estadual da APEOESP - Piracicaba/SP • Nilsa Ramos - Comitê De Lutas Lula Presidente de Pontal do Paraná • Osni Calixto - Núcleo de Base 10 de Fevereiro - Plano Piloto - PT/DF • Paulo Sérgio Frigere - Presidente Metalúrgicos Araraquara/SP • Prof Juvenal de Aguiar - APEOESP/ Marilia • Renan Rosa Arruda - direção CUT-DF • Waisenhowerk Vieira de Melo - professor da UERJ • Walter Célio de Almeida - vice-presidente do PT - Brasília
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