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Lula e PT num beco sem saída

O governo Lula e o PT, ao chegar o primeiro ano de governo, encontram-se num beco sem saída

A política econômica do governo Lula/Alckmin aprofunda a política do Ministro de Bolsonaro, Paulo Guedes, submetida à sabotagem e ao controle do Banco Central, independente do povo. O salário mínimo continuará a ser um salário de fome, com um aumento de apenas R$ 92, de 6,97%, passando de R$ 1.320 para R$ 1.412.

Além disso, segue a política de privatização da Petrobras, com de áreas de para exploração de petróleo e gás, na quarta-feira, 13 de dezembro. Quinze empresas arremataram 192 dos 602 blocos leiloados. Jazidas das bacias de Santos e Campos atraíram gigantes estrangeiras como Petronas, BP, Chevron, Shell e TotalEnergies. A Petrobras participou também em parcerias com a Shell (30%) e CNOOC chinesa (20%).
O modelo do leilão foi o de concessão permanente, desde 2021 prioritário para áreas de petróleo, as quais ficam disponíveis para manifestação de interesse das empresas, sem um prazo fixado. Por outro lado, é a mesma política do bolsonarista Tarcísio, em São Paulo, que privatizou a Sabesp, que em maio de 2022 fez 20 anos que suas ações são comercializadas na Bolsa de Nova Iorque.

É fundamental a defesa do patrimônio público, tanto no caso da Petrobras, como no caso da Sabesp, ainda que não sejam geridas e administradas por um governo operário e camponês, um governo comunista, como é o ideal.

A gestão e a administração de uma empresa pública por um governo burguês frente populista como o de Lula e Alckmin, como o federal, e por um governo burguês direitista, como o de Tarcísio, no Estado de São Paulo, somente levam à dilapidação do patrimônio público via privatização.   

A política frente populista de conciliação e colaboração de classes de Lula e do PT, como já sabemos, leva a subordinar as lutas dos trabalhadores ao parlamento burguês, controlado pela reação bolsonarista, pelo “Centrão”,  tanto na Câmara dos Deputados, como no Senado Federal, e sustentado pelo reacionário Poder Judiciário,  concluindo por aplainar o terreno para a reação, como aconteceu com o governo Dilma Rousseff, que propiciou o Golpe de Estado de 2016.

A repetição da experiência do Golpe contra Dilma Rousseff ocorreu recentemente com o governo Alberto Fernández, na Argentina. O fracasso da política econômica burguesa do peronista levou à ascensão do candidato ultra-direitista Javier Milei, embora em pleito eleitoral.

Os revolucionários marxistas devem continuar levantando a bandeira da frente única operária, da luta pela independência política, para romper a política de conciliação e colaboração de classes com a burguesia e o imperialismo.

Para tanto, é fundamental a frente única dos partidos operários, do PT, PCO, PSOL, PSTU, PCB, PCdoB, das centrais sindicais, CUT, CGT, CST-Conlutas, e dos movimentos populares, MST, MTST, CMP, etc., na perspectiva de um governo operário e camponês, rumo ao Socialismo.    

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