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Guedes e Bolsonaro afundam o Brasil

As medidas de destruição do País adotadas pelo governo pró-imperialista e nazifascista de Jair Bolsonaro e de seu ministro da Economia Paulo Guedes, como prognosticado anteriormente pela TML, adquirem maior impacto a partir deste ano, tudo com o objetivo de escravizar e recolonizar o Brasil de forma brutal, conforme os interesses dos Estados Unidos de Trump.

Os índices econômicos demonstram isso. O Produto Interno Bruto (PIB) do País foi de apenas 1,1%, apelidado de Pibinho, o dólar já atingiu R$ 4,65, a gasolina aproxima-se dos R$ 5,00 e o gás de cozinha anda em torno de R$ 70,00. A passagem de Metrô em São Paulo está caríssima: R$ 4,40, enquanto o tróleibus está R$ 5,10. A imprensa burguesa disse que há cerca de 40.000 pessoas vivendo nas ruas de São Paulo, enquanto alguns estudiosos dizem que já são mais de 100.000.

O governo golpista vem efetuando cortes na Saúde, com demissão de funcionários, sendo que neste ano muitas pessoas vão morrer nas filas por falta de atendimento. Além disso, as epidemias estão voltando, vira e mexe faltam vacinas, as doenças, que haviam sido praticamente erradicadas, estão voltando, como o sarampo, e a tendência é a situação se agravar ainda mais. Esse quadro vai piorar com a “Reforma Administrativa” e a “Reforma Tributária” prometidas para este ano, com o fim da estabilidade do servidor público, completo desmantelamento do serviço público, e maior desoneração da burguesia industrial e dos bancos, ou seja, do capital financeiro.

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Aumenta a super-exploração dos trabalhadores, com o desemprego e a precarização do trabalho, com o fim dos direitos trabalhistas da CLT, com 11,2 milhões de desempregados e com 38,8 milhões de brasileiros na informalidade (vivendo de “bico”), sem que haja nenhuma retomada e nem melhoria dos índices econômicos.

A situação está ficando cada vez mais insustentável, sendo que o Estado burguês vai se decompondo, como demonstra o motim reacionário da Polícia Militar no Estado do Ceará e a agitação da PM nos demais Estados da federação brasileira.

As direções majoritárias, burocráticas e pelegas do movimento de massas, com sua política de conciliação e colaboração de classes tentam canalizar o descontentamento dos trabalhadores e da maioria da população oprimida para o parlamento e para as eleições, semeando ilusões de que esse caminho permitirá a resolução dos problemas sociais e políticos das massas. Não que a participação no parlamento não seja correta, mesmo num regime golpista, autoritário e anti-democrático como o de Bolsonaro, mas as denúncias no parlamento devem estar subordinadas às lutas dos trabalhadores e da maioria oprimida da nação, nos lugares de trabalho, nas fábricas, empresas, bancos, campo, e nos lugares de estudo, nas universidades e nas escolas, e nas ruas. Assim, a canalização do descontentamento popular apenas para o parlamento e as eleições torna-se uma válvula de escape para entorpecer a luta dos trabalhadores, ou seja, a maior enganação, cretinismo parlamentar.

Na verdade, essa política, objetivamente, apenas trai as lutas dos trabalhadores, aplainando o caminho para os ataques da política burguesa e pró-imperialista do golpista nazi-fascista Bolsonaro, que estão levando à destruição do País.

O aprofundamento da crise econômica diminui a margem de manobra do governo golpista de Jair Bolsonaro, pois já não adiantam as medidas paliativas, como liberação de PIS e FGTS, a política de pão e circo de horrores, e aumenta a polarização com o movimento dos trabalhadores, que tende a retomar as lutas de forma massiva e em proporções gigantescas, tanto que os golpistas do governo federal e dos Estados estão se preparando para enfrentar o movimento de massas, pois compraram bilhões de reais em armas, como fez, por exemplo, o Estado de São Paulo, recentemente.

Nesta terça-feira (3), foi aprovada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo a “Reforma da Previdência” dos Funcionários Públicos de São Paulo, ou seja, a retirada dos direitos previdenciários do funcionalismo. Mas, demonstrando muita disposição de luta, mesmo sendo duramente reprimidos pela Polícia Militar, as professoras e professores da rede de ensino do estado de São Paulo, e servidores públicos das demais categorias, deram uma aula de resistência e cercaram a Assembleia Legislativa com mais de 10 mil pessoas contra o projeto de reforma da Previdência do governador golpista e fascista João Doria (PSDB).

Há pouco os petroleiros fizeram uma greve de mais de 20 dias contra a privatização da Petrobras.

Assim, não há dúvida de que existe uma tendência do movimento dos trabalhadores entrar em cena, no sentido da unificação de suas lutas, e entrar em confronto, por meio de greves, com o governo golpista de Jair Bolsonoro, que vem se preparando para o enfrentamento, como demonstra a militarização do Palácio do Planalto, tendo em vista a redução de sua margem de manobra, em razão do aprofundamento da crise econômica e a debacle de sua política de pão e circo de horrores.

Assim, cumpre à vanguarda dos trabalhadores romper com essa política de conciliação de classes e combater as direções burocráticas e pelegas, forjando uma nova direção classista, operária e revolucionária, defendendo a unificação das lutas, isto é, uma frente única dos partidos e das organizações operárias e de massas, como o PT, PCdoB, PSOL, PCO, PCB, CUT, CTB, INTERSINDICAL, CSP-Colutas, MST, MTST, UNE, etc., com o objetivo de convocar um Congresso de base da classe trabalhadora, visando preparar uma greve geral por tempo indeterminado, a formação de comitês de autodefesa dos trabalhadores, a partir dos sindicatos;  pela anulação das “Reformas Trabalhista e Previdenciária”; contra a aprovação das "Reformas Tributárias e Administrativas", anunciadas para este ano; contra o desmatamento da Floresta Amazônica; pela escala móvel de reajuste de salários de acordo com os índices do DIEESE; redução da jornada de trabalho para 35 horas, sem redução de salário; pela Reforma e Revolução Agrária, com terra para quem nela trabalha e fim dos latifúndios; expulsão do imperialismo; e Fora Bolsonaro e todos os golpistas!

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