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O fiasco da terceira via

© foto: Rosana Cerqueira

O fracasso total das esvaziadas mobilizações do MBL e do Vem prá Rua, ou seja, da 3ª via golpista no dia 12 setembro, deixa claro que o Brasil segue polarizado entre as minoritárias forças burguesas representadas pelo bolsonarismo e as enormes forças do proletariado brasileiro, apoiado pelo campesinato pobre, representado pelo PT, a CUT, o MST, e a CMP.

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O fiasco das mobilizações do dia 12 demonstra o fracasso total da 3ª via, representada pelo PSDB golpista de Dória, o PDT golpista de Ciro Gomes, da parcela golpista do PSOL, com adesão de agora do PCdoB, da UNE, etc.

Esse cenário político atual, também demonstra que Bolsonaro ainda se sustenta por causa da política de conciliação e colaboração de classes da direção majoritária do PT e de Lula e dos demais partidos reformistas, isto é, devido à política de frente popular, frente populista do PT, que tenta evitar o enfrentamento com os golpistas.

A direção majoritária do PT insiste em continuar com a política eleitoreira e de cretinismo parlamentar, subordinando a luta dos trabalhadores ao campo restrito do parlamentarismo e às demais instituições burguesas golpistas, como a Congresso Nacional (Senado Federal e Câmara dos Deputados) e o STF golpistas, buscando uma aliança com a burguesia, como fizeram com José de Alencar e Michel Temer.

Assim, a luta dos trabalhadores por vacina contra o genocídio, contra o desemprego de aproximadamente 40 milhões de brasileiros (considerando-se os “bicos”, subemprego, trabalho escravo, etc.), contra a carestia do gás passa de 120 reais, contra o preço da gasolina que está em torno de 7 reais, contra a “Reforma Administrativa”, contra a destruição da Floresta Amazônica, do Pantanal e do Cerrado, contra o genocídio da população pobre e negra das periferias das cidades, dos povos indígenas e quilombolas, essa luta dos trabalhadores e da maioria da população oprimida é sabotada.

Está preponderando  uma  estratégia   pequeno-burguesa democratizante, que não luta pela derrubada de Bolsonaro e não se contrapõe a seus ataques. Essa estratégia subordina a luta dos trabalhadores ao parlamentarismo, ao eleitoralismo, ou seja, a luta dos trabalhadores está sendo canalizada, desviada para o parlamento, ao circo da CPI da Covid no Congresso Nacional, com uma perspectiva meramente eleitoralista, de   aposta   no   desgaste   eleitoral   do   governo   golpista   de Bolsonaro.

Isso propicia a continuidade do governo golpista de Bolsonaro, o que só agrava a situação política, econômica, sanitária e ambiental, provocando o aumento em cascata dos preços dos combustíveis, dos transportes e do conjunto das mercadorias, assim como descontrole inflacionário que estamos vivendo, com previsão de chegar no final do ano em 8%.

Essa estratégia contrarrevolucionária tenta semear ilusão nas instituições golpistas, esquecendo o papel golpista do poder judiciário, do legislativo (Câmara dos Deputados e Senado Federal), e os ataques perpetrados pelos mesmos contra o governo de Dilma Rousseff que levaram à derrubada da presidente petista, e os ataques a Lula que levaram à sua prisão por mais de 500 dias, orquestrados pela “Operação Lava Jato”, impulsionada pela CIA e o Departamento de Estado norte-americano.

Sem a mobilização dos trabalhadores, não há nenhuma garantia que ataques semelhantes não voltem a ocorrer e que não haja um novo golpe, como ocorreu com o AI-5 depois do golpe de 1964.

Logicamente essa não é uma estratégia revolucionária, a qual subordina a atuação parlamentar à mobilização concreta da classe trabalhadora e da juventude estudantil, para que estas ganhem as  ruas,  como no caso do Fora Collor, tenha a possibilidade de decidir e transformar o seu próprio destino por meio de suas assembleias ou conselhos operários, de trabalhadores, de camponeses pobres e estudantes.

Assim sendo, como a nossa Tendência tem assinalado, apenas a mobilização dos trabalhadores poderá derrubar Bolsonaro, sendo fundamental a formação da Frente Única dos trabalhadores,  camponeses pobres e estudantes, de suas organizações de massa e de seus  partidos   políticos,  centrais   sindicais, movimentos   populares   e  sociais,  como PT, PSOL, PCO, PSTU,   CUT, CSP-Conlutas, CTB, INTERSINDICAL, MST, MTST, UNE, UEEs,   para  colocar   abaixo   o   governo Bolsonaro, na perspectiva de  um governo revolucionário dos trabalhadores, rumo ao Socialismo.

- Fora Bolsonaro e todos os golpistas!

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