A burguesia e o imperialismo estão supervisionando Bolsonaro, enquanto buscam um a solução de consenso entre as suas diversas frações, ou seja, buscam uma “3ª via”, hoje bastante divididas, em razão do aprofundamento da crise do regime golpista de 2016, crise essa política, econômica, ambiental e sanitária, a qual coloca em risco a dominação burguesa, tendo em vista o cenário radicalizado da situação política brasileira, podendo ocorrer uma explosão das massas por causa da carestia de vida, da fome e da miséria que assolam o Brasil.
A Revolução Permanente na América Latina
Servidores públicos fazem paralisação contra PEC 32
Blog Comunistas de Cuba: sobre os protestos em Cuba
Hoje parte da burguesia e do imperialismo fingem que nada têm a ver com Bolsonaro, em razão do enorme desgaste do fascista e da crise gigantesca que passa o País, mas apoiam a destruição impulsionada por Bolsonaro. Eles são cúmplices da mesma. A privataria golpista avança com a privatização da Eletrobrás. Os golpistas dizem que com a privatização da Eletrobrás a conta do consumidor de energia elétrica cairá 5% ou6%.
É a mesma estória do gás de cozinha e da gasolina. Todo mundo se lembra que o ministro da Economia Paulo Guedes disse que o botijão de gás baixaria pela metade na época, ou seja, para R$ 35,00, e o mesmo aconteceria com a gasolina, sendo que hoje agás de cozinha, em média, custa R$ 120,00 e a gasolina, em média, R$ 7,00. Anteriormente, os golpistas promoveram as concessões de 22 aeroportos brasileiros, em 3 blocos, em 7/4/2021.
Concessão é um termo jurídico que, na verdade, é um eufemismo para a pirataria, uma vez que, na prática é uma verdadeira privatização, em razão do longo tempo (30 anos). Esse filme vem se repetindo ao longo do golpe de 2016. Basta lembrar o que tem ocorrido nas privatizações. As “empresas licitantes” pegam dinheiro emprestado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apoderam-se do patrimônio público, sugando todas as riquezas, e ainda têm a opção de dar o calote no BNDES, a hora que quiserem, causando ainda mais prejuízo aos cofres públicos.
Não custa recordar o que aconteceu com a empresa “Aeroportos Brasil”, que administrava o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, a qual pediu recuperação judicial (popular falência), em 7/5/2018, na Justiça de Campinas, devendo 3 bilhões de reais para o BNDES. Outro exemplo mais recente é o pedido de recuperação judicial da Samarco: “A mineradora Samarco, joint venture da vale com a australiana BHP Biliton Brasil, entrou com pedido de recuperação judicial, segundo comunicado enviado ao mercado nesta sexta-feira (9). (Portal UOL).
A ação foi aberta na comarca de Belo Horizonte (MG)). A Vale foi entregue a preço de banana e já causou gigantesco prejuízo ao meio ambiente, com a destruição do Vale do Rio Doce, em Mariana, e do Rio Paraopeba, em Brumadinho, causando destruição e centenas de mortes na população.
Além disso, segue a destruição da Floresta Amazônica, do Pantanal, do Cerrado, etc. Tudo isso combinado com o genocídio dos povos indígenas, quilombolas e da população pobre e negra das periferias das cidades. O pior é que Bolsonaro aponta para novo golpe, isto é, um golpe dentro do golpe, uma espécie de AI-5 de 2016.
Infelizmente, neste momento, está preponderando uma estratégia pequeno-burguesa democratizante, que não luta pela derrubada de Bolsonaro e não se contrapõe a seus ataques. Essa estratégia subordina a luta dos trabalhadores ao parlamentarismo, ao eleitoralismo, ou seja, a luta dos trabalhadores está sendo canalizada, desviada para o parlamento, ao circo da CPI da Covid no Congresso Nacional, com uma perspectiva meramente eleitoralista, de aposta no desgaste eleitoral do governo golpista de Bolsonaro.
Essa estratégia contrarrevolucionária tenta semear ilusão nas instituições golpistas, esquecendo o papel golpista do poder judiciário, do legislativo (Câmara dos Deputados e Senado Federal), e os ataques perpetrados pelos mesmos contra o governo de Dilma Rousseff que levaram à derrubada da presidente petista, e os ataques a Lula que levaram à sua prisão por mais de 500 dias, orquestrados pela “Operação Lava Jato”, impulsionada pela CIA e o Departamento de Estado norte-americano.
Logicamente essa não é uma estratégia revolucionária, a qual subordina a atuação parlamentar à mobilização concreta da classe trabalhadora e da juventude estudantil, para que estas ganhem as ruas, como no caso do Fora Collor, Fe tenha a possibilidade de decidir e transformar o seu próprio destino por meio de suas assembleias ou conselhos operários, de trabalhadores, de camponeses pobres e estudantes.
Assim sendo, apenas a mobilização dos trabalhadores poderá derrubar Bolsonaro, sendo fundamental a formação da Frente Única dos trabalhadores, camponeses pobres estudantes, de suas organizações de massa e de seus partidos políticos, centrais sindicais, movimentos populares e sociais, como PT, PSOL, PCO, PSTU, CUT, CSP-Conlutas, CTB, INTERSINDICAL, MST, MTST, UNE, UEEs, para colocar abaixo o governo Bolsonaro, na perspectiva de um governo revolucionário dos trabalhadores, rumo ao Socialismo.
- Todos às ruas no dia 7 de Setembro!
- Fora Bolsonaro e todos os golpistas!
Comentários
Postar um comentário