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Exército golpista começa a matar o povo no Brasil

Foto: Agência Brasil
O Exército matou a tiros de fuzil, na cabeça, um adolescente de 17 anos, na Grande Vitória, em Cariacica, no Estado do Espírito Santo, na madrugada do dia 10/2, por volta da 1 hora da madrugada.

A família encontrou  6 balas de fuzis, sendo que 2 foram levadas pelos militares facínoras e assassinos.

“Quando o Exército viu que a família dele correu pra rua gritando, que era menino de família, eles subiram no carro e foram embora,  afirmou Tatiana” (prima do adolescente assassinado, ao Portal G1, hoje 11/02/2017).

O menino estudava na 6a. série, na Escola Estadual Eulália Moreira, portanto era estudante secundarista, e trabalhava com os irmãos de 21 e 14 anos vendendo mel na feira, morando com os mesmos e com o pai portador de doença degenerativa.

Como sempre, os militares facínoras e covardes alegaram “confronto” e a polícia também genocida do povo pobre e negro sempre elabora Boletins de Ocorrência de “resistência”.

Recentemente, a ditadura golpista de Michel Temer armou uma grave provocação, dirigida pelo ministro golpista da Justiça (acusado de cometer plágio de obras jurídicas nacionais e estrangeiras de forma recorrente, e agora indicado para o Supremo Tribunal Federal também golpista), com a participação ativa do Exército e da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que mata mais de 500 pessoas por ano pobres e negras por ano, armada até os dentes pelo Enclave sionista e terrorista de Israel.

Os golpistas infiltraram um capitão do Exército entre os manifestantes antes da manifestação dos 100 mil na Paulista, no domingo passado, dia 4/9. O agente provocador apresentou-se em uma rede social com codinome. Aí armou a provocação “entregando” para a Polícia Militar 26 manifestantes, os quais foram presos antes da manifestação. Todavia, no dia seguinte um Juiz  libertou imediatamente os manifestantes em razão da ausência de provas. 

Essa a atuação do juiz é uma exceção, porque de forma geral o poder judiciário vem participando ativamente do golpe. É uma exceção que confirma a regra.

Logo em seguida o provocador foi desmascarado, sendo revelada a sua verdadeira identidade de capitão do Exército.   

O Exército, como nos ensinou o falecido médico, historiador e dirigente do Partido Comunista Brasileiro, Leôncio Basbaum, em sua obra “História Sincera da República, de 1961 a 1967”, pág. 121, Editora Alfa-Omega, 1977:

“Até há poucos anos, a segurança nacional era antes de tudo a segurança da pátria contra um possível inimigo externo. As manobras militares imaginam um inimigo vindo do exterior, por mar ou por terra e toda a estratégia de defesa era então revista, pelo menos teoricamente. Era uma estratégia defensiva. Mas nestes últimos anos, sobretudo depois que as personalidades civis e militares norte-americanas começaram a fazer conferência na ESG (Escola Superior de Guerra – Nota da TML), o conceito de “segurança nacional” se refere sobretudo a um inimigo interno”.

Essa é a doutrina da “Segurança Nacional”, elaborada pelo General Golbery do Couto e Silva, do “Grupo da Sorbonne” a dita “inteligentsia” do Exército, teoria essa baseada no nazista Hermann Goering, que trata o povo brasileiro como inimigo interno.

Constata-se, pois, que as forças da repressão voltaram a agir na ditadura de 2016, como na época da ditadura de 1964, o que mostra a gravidade da situação política que estamos vivendo.

Os militares  começaram as provocações por meio do III Exército do Sul, atacando a ex-presidente Dilma Rousseff saudando um notório torturador da ditadura militar de 1964. Na ocasião o General golpista foi afastado.

Depois, seguiram dizendo que estavam de prontidão, passando agir abertamente depois do golpe da burguesia nacional e do imperialismo norte-americano de 2016, com o pretexto das Olímpíadas vem se agravando e crescendo a intervenção militar com a barbárie dos presídios, com a explosão da violência urbana com os motins das polícias militares golpistas.

Fazemos um apelo aos companheiros que estão no exterior, que inclusive estão fazendo manifestações contra o golpe em todos os países da Europa, o que impulsionou uma grande reunião em Amsterdã, na Holanda, e aqueles que estão fazendo manifestações nos Estados Unidos, assim como as organizações internacionalistas que denunciem o golpe e a situação política de massacre da população pobre e negra do Brasil, pois praticamente perdemos 200 pessoas assassinadas pelos golpistas nos presídios (os presos brasileiros são na sua maioria negros e pobres, trabalhadores empurrados para situação desesperada de miséria e desemprego)  e nas ruas de Vitória em pouco mais de 1 mês neste ano de 2017.

Assim, é fundamental que o movimento operário e popular organize comitês de autodefesa, as milícias operárias e populares, a partir dos sindicatos operários, de trabalhadores, de camponeses pobres e das organizações estudantis, com a perspectiva do armamento do proletariado para fazer frente à guerra civil que se avizinha.

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