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Passeata em São Bernardo aponta para a união operária

© foto: Adonis Guerra/ SMABC

A manifestação ocorrida no sábado, dia 8/4, promovida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, contou com a participação de mais de 5.000 pessoas.

Os trabalhadores se concentraram na sede do Sindicato e saíram em passeata pela Rua Marechal Deodoro, a principal da Cidade, e foram até o Centro, na Praça da Matriz, liderados por representantes das principais centrais, como a CUT, a Força Sindical, a UGT, a CSP-Conlutas, dos principais sindicatos, como o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, a Federação Única do Petroleiros (Polo Petroquímico da Cidade de Mauá, no Grande ABC), dos Sindicatos do Bancários, e de partidos políticos, como PT, PSTU, etc.

As lideranças revezaram-se no palanque do caminhão de som, com discursos denunciando a “Reforma da Previdência”, que visa acabar com o sistema previdenciário e a aposentadoria, contra a “Reforma Trabalhista" que tem por objetivo acabar com os direitos da CLT e contra a terceirização aprovada recentemente pela Câmara dos Deputados, que precariza as condições de trabalho, com a intenção de escravizar e recolonizar o Brasil.

A passeata reflete a necessidade dos trabalhadores de estabelecerem uma frente única operária, camponesa e estudantil para derrotar as reformas do governo golpista da burguesia entreguista e do imperialismo norte-americano.

Todavia, os trabalhadores não podem ter ilusões nessas lideranças, pois muitas delas são dirigentes pelegos e burocratas, que ao longo desses últimos anos vêm traindo a classe operária, abortando campanhas salariais e fazendo acordos traidores com os patrões, desenvolvendo uma política de conciliação e colaboração de classes, que levaram a derrotas e aplainaram o terreno para o golpe.

A classe operária precisa renovar a sua direção na perspectiva de independência de classe, sendo que, para tanto, precisa convocar um Congresso da base da classe trabalhadora em São Paulo, com delegados eleitos nos Estados da federação brasileira, para organizar a luta contra o desemprego e contra as “Reformas” do governo golpista.  

O Congresso de base deverá tirar uma plataforma de lutas, com bandeiras como a jornada semanal de 35 horas, sem redução de salário; reajuste salarial de acordo com os índices do DIEESE; fim das “Reformas da Previdência e da Trabalhista”; fim da terceirização; Fundo de Desemprego, com os trabalhadores empregados doando 1% do salário para o mesmo; reforma e revolução agrária, com a expropriação e o fim dos latifúndios; expulsão do imperialismo; e derrubada do governo golpista.

Convocamos a todos para a Greve Geral marcada para o dia 28/4, embora não escondemos aos camaradas e companheiros a limitação dessa paralisação, pois há a necessidade de uma greve geral por prazo indeterminado, para derrubar aos golpistas.

A intenção dos burocratas e pelegos do movimento sindical é apenas usar a paralisação de 1 (um) dia como válvula de escape da enorme pressão das bases contra os mesmos, em razão de suas políticas de conciliação e colaboração de classes.

Apesar da limitação apontada, os militantes classistas e revolucionários devem imprimir à Greve Geral do dia 28/4 um caráter combativo e massivo, elegendo democraticamente comandos de greves nas fábricas, nas empresas, nos bancos, nas empresas agrícolas, nas fazendas e no campo de forma geral, assim como nas escolas e universidades, com a participação de professores, estudantes e funcionários.

Além disso, é fundamental a organização de manifestações gigantescas para o 1° de Maio, em especial em Curitiba, com caravanas de todo o Brasil para ocupar a Cidade do dia 1° ao dia 3/5, dia da audiência de Lula na Justiça Federal, para se contrapor a mais um etapa reacionária do golpe da burguesia entreguista e do imperialismo norte-americano, que é a tentativa de prisão de Lula para atacar o movimento operário e popular para a supressão dos direitos trabalhistas e previdenciários, aumentando a escravidão e a recolonização que está se dando em ritmo acelerado e de forma brutal no Brasil, 

Toda essa luta deve ser desenvolvida na perspectiva da construção de um partido operário, marxista e revolucionário, rumo a um governo revolucionário operário e camponês e à uma Internacional operária e revolucionária.

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