Pular para o conteúdo principal

17ª sessão é marcada por manifestação de funcionários públicos

Nesta quarta-feira (27), a 17ª sessão ordinária da Câmara de São Bernardo do Campo foi marcada pela grande presença de manifestantes grevistas – funcionários públicos, que estão em greve há 15 dias sem expectativa de acordo com a Administração do prefeito Luiz Marinho.

O prefeito apresenta proposta de reajuste da inflação anual medida pelo INPC, de 7,68%, sendo 2,5% retroativos a março (data-base da negociação salarial 2015) e o restante apenas em dezembro. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos de São Bernardo do Campo (SindServ SBC) reivindica 8,05% de reposição da inflação, medida pelo DIEESE, mais 4,5% de aumento real - baseado no crescimento econômico da cidade.

No início da sessão, Cecília Gutierrez fez uso da tribuna para tratar das reivindicações da categoria e pedir apoio dos vereadores para que ajudem na intermediação com a Prefeitura. De acordo com a funcionária da Educação, “o que o funcionalismo esta reivindicando é apenas uma remuneração justa, com correção das perdas salariais”, mas, segundo ela, há “uma grande falta de vontade por parte da Administração em negociar com o SindServ”.

Giovani Chagas, presidente do Sindicato, fez uma breve análise dos 15 dias de mobilização e afirmou que os funcionários públicos de São Bernardo estão demonstrando que são uma categoria de luta movidos por uma justa reivindicação. “Nós sabemos que o orçamento da cidade comporta todas nossas reivindicações. Portanto, não podemos aceitar a proposta atual que nos foi apresentada”, disse o presidente da categoria.

Chagas também citou o nome dos vereadores que assinaram moção de apoio à greve. Em sua opinião, “apesar de ter um caráter simbólico, a moção de apoio demonstra coerência por parte dos vereadores, independente de serem de oposição ou situação”.

Encontro com Marinho
No início da tarde, o presidente da Câmara de São Bernardo do Campo, José Luís Ferrarezi, o presidente do SindServ SBC, Giovani Chagas, e vereadores da mesa diretora, subiram ao 18º andar da Prefeitura para conversar diretamente com o prefeito. Porém, durante o encontro, ambos os lados não aceitaram fechar acordo e a greve continua até amanhã, quando deverá acontecer outra reunião com o Executivo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Eleições violentas e antidemocráticas

As eleições para prefeitos e vereadores que ocorrem no Brasil seguem sendo violentas e antidemocráticas. Quase diariamente, a imprensa noticia assassinatos de candidatos em várias cidades do País. Nos debates, acontecem cadeirada entre candidatos e brigas de soco entre os assessores. O pleito, além disso, é antidemocrático, com os partidos da burguesia tendo o monopólio do tempo de propaganda eleitoral nos meios de comunicação, como rádio e TV, prevalecendo o poder econômico desses partidos. Leia mais: Tentativa de golpe na Bolívia e a lição do proletariado Liberdade para Julian Asssange! Cresce revolta estudantil pró-Palestina nos EUA e na França Há 100 anos perdemos Lênin, o grande teórico do partido operário revolucionário Lula e PT num beco sem saída Infelizmente, a classe trabalhadora não conseguiu forjar uma alternativa revolucionária, após o fracasso do Partido Comunista e do Partido dos Trabalhadores, em razão da política de colaboração e conciliação de classes. Portanto, mais ...

A ilusão na denúncia contra Bolsonaro

© foto: Fernando Bizerra Jr. A Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou criminalmente Bolsonaro, sob a acusação de tentar se manter no poder após a derrota nas eleições de 2022 para Lula. Tal fato fez com que o Partido dos Trabalhadores, bem como os demais partidos pequeno-burgueses da "esquerda" democratizante se posicionassem semeando ilusões na justiça burguesa, no Estado burguês. Leia mais: Eleições violentas e antidemocráticas Tentativa de golpe na Bolívia e a lição do proletariado Liberdade para Julian Asssange! Cresce revolta estudantil pró-Palestina nos EUA e na França Há 100 anos perdemos Lênin, o grande teórico do partido operário revolucionário Inclusive, o termo "esquerda", como é utilizado hoje, é estranho ao marxismo, o qual utiliza, para as classes sociais preponderantes, as categorias burguesia, proletariado, pequena-burguesia (campesinato pobre). Esse setor do movimento popular segue jogando areia nos olhos dos trabalhadores, esquecendo que a...

A Revolta de Los Angeles contra Trump

© foto: Daniel Cole A população da cidade de Los Angeles, na Califórnia, rebelou-se contra a política nazifascista de Trump em relação aos imigrantes. Trump enviou a Guarda Nacional, composta por militares, para reprimir a população. Em resposta, os trabalhadores ergueram barricadas, enfrentaram os militares e lançaram pedras, paus e tudo o que encontravam pela frente contra a Guarda Nacional. Carros foram incendiados, entre outros episódios de resistência. Leia mais: A ilusão na denúncia contra Bolsonaro Eleições violentas e antidemocráticas Tentativa de golpe na Bolívia e a lição do proletariado Liberdade para Julian Asssange! Cresce revolta estudantil pró-Palestina nos EUA e na França A revolta já dura três dias contra o governo nazifascista de Trump, que aprofunda a política de barbárie do imperialismo. A tendência é que esse movimento ganhe força e se espalhe por todos os Estados Unidos. Como os marxistas revolucionários prognosticaram, vivemos a época da decadência imperialista: ...