© foto: Adonis Guerra
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin de anular as condenações e os processos contra o ex-presidente Lula na Justiça Federal do Paraná, impulsionados pela Operação Lava Jato, chefiada pelo ex-juiz Sérgio Moro, decerto modo, deu a largada na corrida eleitoral para a presidência da República em 2022, já que Lula voltou a ser elegível.
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin de anular as condenações e os processos contra o ex-presidente Lula na Justiça Federal do Paraná, impulsionados pela Operação Lava Jato, chefiada pelo ex-juiz Sérgio Moro, decerto modo, deu a largada na corrida eleitoral para a presidência da República em 2022, já que Lula voltou a ser elegível.
A combinação das crises econômica, ambiental e sanitária aumentou a crise política entre as diversas frações da burguesia nacional e do imperialismo norte-americano e europeu, enfraquecidos pela guerra comercial com a ascensão do imperialismo chinês, principal parceiro econômico brasileiro.
As contas do governo registraram rombo recorde de R$ 743 bilhões em 2020, aproximadamente 10% do PIB (Produto Interno Bruto). Este recuou 4,1% no ano passado. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano de 2021 subiu de 3, 82% a 3,87%.
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A destruição da Floresta Amazônica, do Cerrado e do Pantanal ameaça transformar grande parte do Brasil num imenso deserto.
Segue o genocídio da população pobre e negra das periferias das cidades e dos índios.
Foram retirados a maior parte dos direitos trabalhistas e previdenciários, com a “Reforma Trabalhista”. Agora com a “Reforma Administrativa”, está ameaçada a estabilidade do funcionário público e seus cargos e empregos.
Na verdade, vivemos uma recolonização do País, com tendência de precarização e de escravização de grande parte da população brasileira.
Concretamente sem ministro da saúde, a Pandemia tornou o Brasil o país mais perigoso da Terra. Caminhamos para 300 mil mortos.
É nesse quadro de profunda crise que a burguesia e o imperialismo a cada dia se fragmenta mais. E a decisão do ministro Fachin do Supremo é reflexo disso.
A decisão deu a largada na corrida eleitoral, sendo que Lula já entrou em campo, fez um longo discurso, reuniu-se com o governo russo para tratar da vacina contra o coronavírus, etc. Bolsonaro, por seu lado, passou a usar máscara contra o coronavírus e anunciou que pretende demitir o general ministro da saúde. O dólar subiu e as bolsas despencaram. O chamado "efeito Lula".
Outro fato importante foi o posicionamento do Partido da Causa Operário (PCO), através de seu presidente Rui Costa Pimenta, o qual defendeu o lançamento da candidatura de Lula já.
Rui entende que há uma polarização social (não de grupos e tendências) e que não há margem para conciliação e Lula deve ser radical, sendo que fez bem em defender a Petrobras. E deve fazer isso desde já para ganhar apoio, inclusive da enorme quantidade de eleitores que não votam.
Todavia, a TML diverge desse posicionamento quanto à questão da conciliação, pois considera que há risco de conciliação e colaboração de classes, de se estabelecer uma “frente popular”, uma política frente-populista porque o PT tem um programa reformista e de conciliação de colaboração de classes. Nas eleições passadas para a presidência da República em 2018, a coligação do PT tinha o PRO, um partido burguês, o que lhe dava um caráter nitidamente frente-populista.
Invocamos a experiência recente do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, quando foi realizada a aliança com o PMDB de Michel Temer, onde ficou claro que a aliança com a burguesia aplaina o terreno para a derrota dos trabalhadores e da maioria oprimida nacional, aplaina o terreno para golpes.
É como a própria burguesia diz: “nós acompanhamos no enterro, mas não entramos na cova”.
Assim, é fundamental combater a política frente-populista de forma intransigente, defendendo a frente única dos trabalhadores, com os partidos operários e as organizações de massas, como o PT, PCdoB, PCO, PSTU, PCB, CUT, CTB, INTERSINDICAL, Força Sindical, CSP-Conlutas, UNE, UEEs, MST, MTST, etc, por um programa de transição, com as bandeiras da escala móvel de salários, de acordo com os índices do DIEESE; redução da jornada de trabalho, sem redução de salários; anulação das “Reformas Trabalhista e Previdenciária”; contra a “Reforma Administrativa”; Fim do desmatamento e queimadas do Pantanal, Cerrado e da Floresta Amazônica; Fim do latifúndio; reforma e revolução agrária; desmantelamento do aparato repressivo; fim do encarceramento em massa da população; expulsão do imperialismo; Fora Bolsonaro e todos os golpistas!; na perspectiva de um governo operário e camponês, rumo ao Socialismo.
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