STF e PF ultimam os preparativos do golpe
O Poder Judiciário e a Polícia Federal ultimam os preparativos do golpe, com ações truculentas contra membros do Poder Legislativo Federal, para agravar a chamada “crise de governabilidade”.
O Poder Judiciário, por meio do Supremo Tribunal Federal, e a Polícia Federal, como também o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público, que são demais conservadores, reacionários, porque seus membros não são eleitos, não se submetem ao sufrágio universal, isto é, ao voto, não são controlados pelo povo, estando sempre dominados pela direita, a burguesia e o imperialismo, como “instituições” permanentes, agora estão engajados no processo golpista em marcha contra a presidente Dilma, via “impeachment” ou golpe militar. Pela importância desses órgãos, os seus membros deveriam ser submetidos ao sufrágio universal, devem ser eleitos, como deve ser numa verdadeira democracia, como concebida pelos filósofos revolucionários, como Jean-Jacques Rousseau, e desenvolvida em o “Estado e a Revolução” e colocada em prática por Vladimir Lênin, ou seja, como adotada nas democracias soviéticas, dos conselhos (ou assembleias populares, como na Bolívia, em 1971, aqui na América do Sul) de operários e camponeses, como na Revolução Russa de 1917, Húngara de 1919, Cubana, 1959, etc.
O STF é o mesmo que entregou Olga Benário aos nazistas e que recentemente condenou nossos companheiros do PT sem provas, com base na nazi-fascista “Teoria” do Domínio do Fato. Essas “instituições” agem politicamente, utilizando-se de ações midiáticas, em total desrespeito aos mínimos direitos civis e democráticos, à presunção de inocência, desrespeitando as liberdades democráticas (ou como gostam os juristas burgueses, as “liberdades públicas”), criminalizando os movimentos sociais, prendendo os lutadores dos movimentos sociais, com a aplicação da Lei de Segurança Nacional da época da ditadura militar, que permite até a pena de morte, em conluio com governos de traços nazi-fascistas nos estados.
A Polícia Federal é um órgão repressivo que na ditadura torturou e matou, sob as ordens do imperialismo americano (CIA/FBI) e da burguesia nacional, sendo que esses torturadores andam impunes por aí e ainda se arrogam ser paladinos da luta contra a corrupção.
Leon Trotsky, líder da Revolução Russa de 1917, ironiza os reformistas da coligação do Governo Provisório na Rússia, que após as Jornadas de Julho daquele ano, agiam como o Partido dos Trabalhadores está agindo na atualidade, ou seja, cedendo às pressões da direita, burguesia e dos seu partidos como PMDB, PSDB e DEM, etc.:
“no momento presente, sob ameaça de uma contra-revolução, o apoio da direita nos é indispensável; ‘quanto mais atrairmos para nós forças da direita menores forças restarão para atacar o poder.’ Incomparável fórmula de estratégia política: para suspender o sítio da fortaleza é melhor abrir a porta principal pelo lado de dentro. Tal era a fórmula da nova coligação.” Leon Trotsky, “A HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO RUSSA”, vol. II (“A TENTATIVA DE CONTRA-REVOLUÇÃO), pág. 522, Editora Paz e Terra, 1977.
Mas a história ensinou qual é a política: a contra-revolução na Rússia foi derrotada, porque os bolcheviques (membros do partido operário revolucionário marxista-leninista), juntamente com a Organização Inter-bairros (organização também marxista-revolucionária que tinha como principais líderes Leon Trotsky, Adolph Ioffe e Anatole Lunacharski que estavam em processo de fusão com os bolcheviques) , acabaram sendo libertados das prisões (Trotsky foi libertado da prisão de Kresty) e fizeram um frente única com Kerenski e derrotaram o golpe do General Kornilov. Esse é o exemplo.
Assim, tendo em vista a iminência do golpe da direita e do imperialismo, o Partido dos Trabalhadores precisa romper com sua política de conciliação, de colaboração de classes, de expectativa, de ficar esperando para ver o que vai acontecer, como demonstram as resoluções do 5° Congresso, ou seja, precisa tomar um novo rumo, passar à iniciativa, buscando uma política de independência de classe, de ruptura com todos os setores da burguesia nacional, com todos os partidos burgueses, costurando uma frente única anti-golpista, anti-imperialista, o PCdoB, PSOL, PCB, e PCO e demais partidos de esquerda, a CUT, a CTB, e demais centrais e os movimentos populares, como MST e MTST, impulsionando e convocando Assembleias Populares nos estados, nas respectivas capitais, com a participação dos operários, trabalhadores e movimentos sociais, com delegados eleitos pela base, bem como uma Assembleia Popular nacional, em São Paulo, tendo como pauta a preparação da greve geral contra a terceirização, contra as MPs 664 e 665 (redução de pensões, redução da aposentadoria, etc.) e contra o golpe da direita e do imperialismo .
Ignácio Reis
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