A Ford anunciou o fechamento de suas fábricas no Brasil com o objetivo de fazer uma “reestruturação”, com certeza em razão da queda na taxa de lucro, motivada pela imensa crise econômica do capitalismo, agravada pela pandemia do coronavírus. Além disso, anunciou que manterá as suas fábricas na Argentina e no Uruguai.
A Ford está fazendo a mesma coisa que a General
Motors fez recentemente e como a Volkswagen, que procura implementar uma PDV (“plano
de demissão volutária”). Chantageia buscando receber subsídios bilionários do
governo, com desonerações fiscais, etc.
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Na atual conjuntura, na luta de classes, o que está colocado para os trabalhadores é a necessidade da frente única operária e do conjunto dos trabalhadores, contra a burguesia nacional e imperialista.
A burguesia nacional e o imperialismo não querem nem saber: tentam jogar o ônus da crise do capitalismo nas costas dos trabalhadores e camponeses, jovens e estudantes e da maioria oprimida nacional.
Elevam os juros bancários lá em cima, arrocham os salários, aumentam os preços dos produtos alimentícios, do arroz, da cesta básica e do gás, do arroz, fecham empresas, privatizam empresas públicas, despedem os trabalhadores, praticam o genocídio da população jovem, pobre e negra das periferias das cidades, dos camponeses, dos povos quilombolas, dos povos indígenas.
Destroem o meio-ambiente, com as queimadas na Floresta Amazônica, com as queimadas do cerrado e do Pantanal, etc.
A burguesia nacional e o imperialismo se aproveitam da Pandemia do coronavírus para provocar mais mortes da população, adotando uma política negacionista, boicotando a luta contra a Pandemia, fechando hospitais de campanha, recusando-se a adotar as necessárias medidas sanitárias e dificultando a vacinação da população.
No mundo, o imperialismo vive uma crise sem precedentes, onde nos Estados Unidos sequer consegue garantir uma democracia formal como outrora, sendo que o fascismo avança invadindo o Congresso yankee, enquanto a população trabalhadora norte-americana é a maior vítima da Covid-19 e o povo afro-americano segue sendo massacrado, como aconteceu com George Floyd e muitos outros neste Século XXI.
No Brasil, derrubaram uma presidenta eleita democraticamente, instalando um estado de exceção, fraudaram as eleições e colocaram no poder o fascista Jair Bolsonaro.
Assim, é fundamental que os metalúrgicos rompam com a política de conciliação e de colaboração de classes das direções de seus respectivos sindicatos.
Para tanto, é fundamental que seja convocada uma Assembleia dos metalúrgicos da Ford em cada fábrica, para que seja deliberada a greve com ocupação contra a chantagem do fechamento da empresa e das demissões, elegendo comandos de greve, formados pelos camaradas mais combativos e decididos.
“As greves, com ocupação de fábricas, escapam aos limites do regime capitalista normal. Independentemente das reivindicações dos grevistas, a ocupação temporária das empresas golpeia no cerne a propriedade capitalista. Toda greve com ocupação coloca na prática a questão de saber quem é o dono da fábrica: o capitalista ou os operários.” (Leon Trotsky).
- Não às demissões!
- Por uma Assembleia dos metalúrgicos da Ford em cada fábrica!
- Greve com ocupação das fábricas da Ford!
- Frente única da classe trabalhadora!
- Abaixo o imperialismo norte-americano!
- Fora Bolsonaro e todos os golpistas!
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