Pular para o conteúdo principal

Monopólio imperialista luta contra eletrificação dos automóveis ameaçando trabalhadores

*Por Leonardo Silva

As grandes montadoras ameaçam ir à falência depois de atrasar quase 50 anos o desenvolvimento de automóveis elétricos. Tudo por um motivo: As montadoras chinesas e pequenas fabricantes que saíram à frente na tecnologia e são atualmente as únicas que tem valor de mercado crescente.

Leia mais:
Mais greve: motoristas de ônibus de Belo Horizonte
Lições da greve na GM em São Caetano do Sul
104 anos da Revolução Russa
Cuba: construir o partido revolucionário
Fora os inimigos dos trabalhadores dos atos da esquerda!

Recentemente li um artigo onde o “CEO” de um desses conglomerados girantescos do imperialismo (dentre eles Fiat, Citroen, Peugeot etc…) faz ameaças para que governos e acionistas pressionados pelo crescimento da influência dos chineses nesse mercado estendam ainda mais o prazo para o fim dos automóveis a combustão alegando que eles não tem condições para investir e que isso acarretará no aumento do preço final ao consumidor e fechamento de mais fábricas pelo mundo.

Pra termos uma ideia, um automóvel elétrico elimina de uma só vez uma quantidade gigantesca de peças e manutenção, como câmbio, embreagem, troca de óleo, correias, bielas, pistões velas, etc. Tudo isso corresponde a um mercado, além claro das grandes petroleiras, que não estão afim de abrir mão sem se debater e travar uma guerra contra a eletrificação.

E na nova onda neoliberal quem paga a conta são os trabalhadores, que perderão seus empregos pelo simples fato de que inovação tecnológica e capitalismo decadente não combinam e que toda vez que a tecnologia avançou nos marcos do capitalismo não foi sem que se quebrassem grandes elos de correntes de monopólio, como ocorreu com a IBM que até o “boom” da informática a partir dos anos 80 era a que detinha todo o monopólio de computação.

Se os monopólios imperialistas não conseguem acompanhar a evolução tecnológica então que entreguem a produção! O trabalhadores devem se organizar para a tomada dessas fábricas para possibilitar o aumento da produção e a abertura da colaboração tecnológica que possibilita a eletrificação completa dos automóveis, bem como a transição de todo o mercado de peças, sem que os empregos pereçam.

Leonardo Silva é professor.

Este espaço é aberto à manifestação democrática do movimento operário e popular.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Eleições violentas e antidemocráticas

As eleições para prefeitos e vereadores que ocorrem no Brasil seguem sendo violentas e antidemocráticas. Quase diariamente, a imprensa noticia assassinatos de candidatos em várias cidades do País. Nos debates, acontecem cadeirada entre candidatos e brigas de soco entre os assessores. O pleito, além disso, é antidemocrático, com os partidos da burguesia tendo o monopólio do tempo de propaganda eleitoral nos meios de comunicação, como rádio e TV, prevalecendo o poder econômico desses partidos. Leia mais: Tentativa de golpe na Bolívia e a lição do proletariado Liberdade para Julian Asssange! Cresce revolta estudantil pró-Palestina nos EUA e na França Há 100 anos perdemos Lênin, o grande teórico do partido operário revolucionário Lula e PT num beco sem saída Infelizmente, a classe trabalhadora não conseguiu forjar uma alternativa revolucionária, após o fracasso do Partido Comunista e do Partido dos Trabalhadores, em razão da política de colaboração e conciliação de classes. Portanto, mais ...

A ilusão na denúncia contra Bolsonaro

© foto: Fernando Bizerra Jr. A Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou criminalmente Bolsonaro, sob a acusação de tentar se manter no poder após a derrota nas eleições de 2022 para Lula. Tal fato fez com que o Partido dos Trabalhadores, bem como os demais partidos pequeno-burgueses da "esquerda" democratizante se posicionassem semeando ilusões na justiça burguesa, no Estado burguês. Leia mais: Eleições violentas e antidemocráticas Tentativa de golpe na Bolívia e a lição do proletariado Liberdade para Julian Asssange! Cresce revolta estudantil pró-Palestina nos EUA e na França Há 100 anos perdemos Lênin, o grande teórico do partido operário revolucionário Inclusive, o termo "esquerda", como é utilizado hoje, é estranho ao marxismo, o qual utiliza, para as classes sociais preponderantes, as categorias burguesia, proletariado, pequena-burguesia (campesinato pobre). Esse setor do movimento popular segue jogando areia nos olhos dos trabalhadores, esquecendo que a...

A Revolta de Los Angeles contra Trump

© foto: Daniel Cole A população da cidade de Los Angeles, na Califórnia, rebelou-se contra a política nazifascista de Trump em relação aos imigrantes. Trump enviou a Guarda Nacional, composta por militares, para reprimir a população. Em resposta, os trabalhadores ergueram barricadas, enfrentaram os militares e lançaram pedras, paus e tudo o que encontravam pela frente contra a Guarda Nacional. Carros foram incendiados, entre outros episódios de resistência. Leia mais: A ilusão na denúncia contra Bolsonaro Eleições violentas e antidemocráticas Tentativa de golpe na Bolívia e a lição do proletariado Liberdade para Julian Asssange! Cresce revolta estudantil pró-Palestina nos EUA e na França A revolta já dura três dias contra o governo nazifascista de Trump, que aprofunda a política de barbárie do imperialismo. A tendência é que esse movimento ganhe força e se espalhe por todos os Estados Unidos. Como os marxistas revolucionários prognosticaram, vivemos a época da decadência imperialista: ...