A classe operária, a massa de trabalhadores, camponeses, jovens e estudantes demonstraram na sexta-feira, dia 18 de março, em São Paulo, onde compareceram mais de 2 milhões de pessoas, ocupando toda a Avenida Paulista e as ruas próximas, como Alameda Santos, Alameda Jaú e Alameda São Carlos do Pinhal, e em todo o Brasil, onde foram realizadas as maiores manifestações do País, em todos os tempos, ou seja da História do Brasil.
A manifestação contou com a organização da Frente Brasil Popular, composta dos partidos da classe operária, como Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido da Causa Operária (PCO), e as centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores ( CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiros (CTB), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), e todos os demais movimentos populares e sociais.
As pessoas compareceram espontaneamente, pagando a própria condução, ao contrário da manifestação da burguesia no dia 13 de março, no domingo, quando o governador nazi-fascista de São Paulo do PSDB tucano, Geraldo Alckmin, liberou as catracas, para que as pessoas não pagassem passagens de metrô e ainda obrigou aos metroviários a fazerem horas extras, com a conivência da diretoria do Sindicato dos Metroviários, dirigido pelo pró-imperialista Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU).
As massas demonstraram o acerto da colocação do companheiro Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, na Plenária desse partido, realizada no dia 5 de março passado, quando com bastante propriedade assinalou que as ruas devem ser monopólio do povo oprimido, dos operários, da massa de trabalhadores, dos camponeses, da juventude e dos estudantes, e não da burguesia e da extrema-direita.
Por outro lado, é preciso tomar cuidado com armadilhas, como a de Renan Calheiros, presidente do Senado, que disse que impulsiona uma Comissão no Senado para discutir a questão do semiparlamentarismo. É uma armadilha para disfarçar golpe, o que já aconteceu no Brasil.
A experiência de golpe no Brasil é rica. Em 1954, deu errado com Getúlio Vargas. Mas os golpistas não desistiram, forçaram a renúncia de Jânio em 1961. Depois, para que João Goulart não assumisse, inventaram a Emenda parlamentarista (a ideia é retirar o poder do presidente da República), com Tancredo Neves como primeiro ministro (olha o vovô aí!). De golpe essa família entende!
Depois, em 1964, houve o golpe militar, seguido do AI-5, em 1968, considerado o golpe dentro do golpe. É mole ou quer mais!
Agora devemos avançar a luta. Temos de ganhar as próximas batalhas, para vencer a guerra de classe contra a burguesia e o imperialismo norte-americano.
Para tanto, devemos reorientar as ações diretas permanentes daqui prá frente, com base na rica experiência do proletariado Latino-americano contra os golpes de estado, sendo que a Tendência Marxista-Leninista propõe a seguir uma plataforma de lutas para desarmar e esmagar o golpe (“empeachment”):
- Que o PT, Lula e Dilma coloquem o Governo Federal e todos os governos do PT, como por exemplo, a Prefeitura de São Paulo, totalmente a serviço da luta contra o golpe!
- Que o PT revogue todas as medidas contra a Petrobrás e o Pré-sal!
- Que as fábricas e os bancos que fizerem lockout sejam ocupados e expropriados!
- Que o governo rompa a concessão de serviço público da Rede Globo, da Rede Bandeirantes, Rádio Globo, CBN, e demais emissoras golpistas!
- Que o MST ocupe imediatamente os latifúndios!
- Que sejam marcadas manifestações contra os golpistas estrangeiros, nos consulados e embaixadas dos principais países imperialistas, como Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha e Japão!
- Prisão imediata de todos os golpistas da Imprensa, do FIESP, do Judiciário, do Ministério Público!
- Prisão dos comerciantes que remarcarem preços!
- Estender os Comitês de autodefesa contra o golpe por todo o Brasil, nas fábricas, nos bancos, nos campos, nas escolas, nas universidades, nas centrais sindicais, nos sindicatos, nos movimentos populares e sociais, nas cidades, nos bairros e nos quarteirões!
Tendência Marxista-Leninista
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