A Federação Internacional de Futebol, a Fifa, no último dia 26 de fevereiro, elegeu o suíço-italiano Gianni Infantino como o novo presidente da entidade, todavia as disputas vão se acirrar, devido à decisão dos Estados Unidos de monopolizar os “negócios do futebol”, desde o ano passado.
Infantino é vinculado à UEFA, a federação europeia e a Michel Platini, ex-presidente da entidade, afastado da FIFA, por suspeita de corrupção.
Em, 27 de maio do ano passado, na Suíça, ocorreram as prisões midiáticas (para o delírio da imprensa venal, da pequena-burguesia e da classe média brasileira) de dirigentes do futebol mundial, vinculados à FIFA, acusados de corrupção, prisões essas ordenadas pelos Estados Unidos, que sobre o pretexto de uma investigação, em razão dos interesses americanos (essas apurações haviam sido submetidas à apreciação de juiz alemão que não deu a mínima para as mesmas, com certeza por ter entendido que se tratava de querela entre usurários e bandidos).
Os EUA continuam se arvorando a polícia do planeta. É a “pax americana”, a exemplo da “pax romana”. Como Lênin ensinou, a época dos monopólios, do capital financeiro (industrial + bancário), é a época imperialista, da reação em toda linha, de guerra e revoluções.
Perseguem Edward Snowdem, ex-agente de uma empresa ligada à CIA, que revelou as arbitrariedades e os crimes os de espionagem do Império e Julian Assange, do WikiLeaks, que também fez revelações sobre a podridão yankee, sendo que, no caso deste último, até a própria ONU (nunca esquecer o que disse Lênin de sua antecessora, a Sociedade das Nações: “um covil de bandidos”) condenou os Estados Unidos, o Inglaterra e a Suécia por causa da perseguição.
Com relação à Federação Internacional de Futebol, a Fifa, com certeza os Estados Unidos moveram-se por causa de seus interesses financeiros contrariados, ou seja, em virtude de empresas como Nike, Red Bull, Coca-cola etc., pois perderam a disputa pelas sedes de 2018 para a Rússia e 2022 para o Catar.
Agora o que o EUA estão fazendo é correr atrás do prejuízo de suas empresas, querem recuperar o dinheiro que perderam ou deixaram de ganhar, com os expedientes de extorsão, como a conhecida nazi-fascista delação premiada (lembram-se na Alemanha nazista os filhos eram incentivados a delatarem os pais), processo esse que já se iniciou com a transação do brasileiro J. Hawilla, da Traffic, empresa de marketing esportivo, que “concordou” em devolver U$ 158 milhões dólares, mais ou menos 473 milhões de reais. É ainda prejudicar ou inviabilizar a Copa da Rússia.
Se fosse por problema de corrupção mesmo, deveriam antes ter apurado a compra das sedes das olimpíadas de Atlanta em 1996 e de Salt Lake City em 2002. Sem falar da Copa do Mundo de Futebol de 1994, realizada nos Estados Unidos. Pura hipocrisia!
As investidas americanas se dão por bem e por mal. Anteriormente, empreenderam uma aproximação com Cuba, preocupados com a construção pelo Brasil do porto na Ilha, que poderá impulsionar o comércio da Refinaria brasileira de Pasadena.
Antes, ainda, os EUA apoiaram golpes em Honduras, Paraguai; derrubaram Kadafi, na Líbia; apoiaram um golpe nazi-fascista na Ucrânia; atacam as Repúblicas de Donbass e Donest; apoiaram golpe militar para derrubar governo eleito democraticamente no Egito; armaram e usaram o Estado Islâmico contra o Iraque e a Síria, desestabilizando a região; tudo isso como forma de apoiar o Estado sionista e terrorista de Israel contra o povo palestino.
Os EUA tem dado origem, também recentemente, a uma série de escaramuças com a China em razão do mar do Sul da China.
Começa a pegar fogo a luta entre o imperialismo dos EUA e da União Europeia e o Bloco Eurásico, Rússia e China, formado por ex-estados operários, hoje imperialistas.
O capitalismo vive uma crise, que ameaça até deflagração da III Guerra Mundial, e não vai ser diferente na FIFA.
IGNÁCIO REIS
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