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Reflexões sobre a manifestação golpista

As manifestações golpistas realizadas ontem, domingo, dia 13/3, refletem a mobilização da pequena-burguesia e da classe média envenenada pela mídia golpista, discípula de Goebells (ministro da propaganda de Hitler).

De certo modo, as mobilizações golpistas, apesar da mídia 24 horas (“Nunca desliga”, conforme o bordão da Globo News), não avançou de forma significativa, tendo em vista as mobilizações de março do ano passado.

Inclusive deve ser destacado o acerto dos companheiros do Rio Grande do Sul, Brasília, Ceará e de algumas cidades de Minas Gerais que promoveram atos e as mais diversas atividades, como, por exemplo, a bela carreata de Fortaleza. Além disso, os camaradas de São Bernardo do Campo fizeram um ato em frente ao apartamento de Lula.  

O exemplo desses companheiros demonstra o acerto da Tendência Marxista-Leninista, do Coletivo Socialista Livre e do PCO que defenderam que disputássemos as ruas com os coxinhas no dia 13/3. 

Em Plenária do PCO, no sábado, dia 5/3 ( na qual participou um representante da Frente Resistência), Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, com bastante propriedade assinalou que as ruas devem ser monopólio do povo oprimido, dos operários, da massa de trabalhadores, dos camponeses, da juventude e dos estudantes, e não da burguesia e da direita.

Por outro lado, é preciso tomar cuidado com armadilhas, como a de Renan Calheiros, presidente do Senado, que disse que hoje impulsionaria uma comissão no Senado para discutir a questão do semiparlamentarismo, com desculpa de preocupação com a governabilidade. É uma armadilha para disfarçar o golpe, o que já aconteceu no Brasil.

A experiência de golpe no Brasil é rica. Em 1954, deu errado com Getúlio Vargas. Mas os golpistas não desistiram, forçaram a renúncia de Jânio em 1961. Depois, para que João Goulart não assumisse, inventaram a Emenda parlamentarista (a ideia é retirar o poder do presidente da República), com Tancredo Neves como primeiro ministro (olha o vovô aí!). De golpe essa família entende! 

Depois, em 1964, houve o golpe militar, seguido do AI-5, em 1968, considerado o golpe dentro do golpe. É mole ou quer mais!

Assim, serenamente não podemos esmorecer. Temos de recarregar as baterias e ganhar a próxima batalha para vencer a guerra contra os golpistas.   

A Frente Brasil Popular antigolpista, liderada pelo PT, PCdoB, PCO, CUT, CTB, MST, MTST, UNE, UBES deve fazer uma ampla agitação para mobilizar a classe operária, os camponeses, a juventude, estudantes e os movimentos populares e sociais, como já fizemos no final do ano passado.

- Todos às ruas no dia 18/3!

- Não ao golpe!

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