Partido Obrero da Argentina, em seu Sítio, ataca o Partido dos Trabalhadores do Brasil, somando-se ao imperialismo e à burguesia latino-americana.
Na matéria, PO critica a trajetória da política de colaboração de classes do PT, no que está certo, todavia essa crítica acertada não justifica a posição de “neutralidade”, de não se colocar contra o golpe em marcha no Brasil contra uma presidenta eleita.
PO preocupa-se em fazer média com a Conlutas, chamando-a de central combativa (a TML defende a intervenção revolucionária em todos os sindicatos e centrais sindicais, mas discorda do embelezamento da CSP-Conlutas), e o PSTU e o PSOL, sugerindo um abstrato chamamento a um congresso de base dos trabalhadores. Embora reconheça o golpe em andamento no Brasil, não se coloca contra o mesmo, demonstrando que espera a derrocada do PT para que seus amigos no Brasil tirem proveito eleitoral.
Faz de conta de que não sabe dos acordos traidores da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos com a General Motors e a Embraer, das traições nas greves da diretoria do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, que foi incapaz de liderar um boicote às manifestações coxinhas da pequena-burguesia e da classe média paulistana, deixando o governo do Estado de São Paulo forçar os metroviários a fazerem horas extras no domingo, no dia 13/3.
O objetivo do Partido Obrero, com certeza, é exportar a “Frente de Esquerda” eleitoreira e social-democrata, com sua política meramente parlamentarista, conforme capa de Prensa Obrera com a palavra de ordem “Llevemos a la izquierda al Congresso”, ampliando a capitulação da esquerda pequeno-burguesa aos golpistas na América Latina.
Jorge Altamira quer se colocar como o herdeiro legítimo de Nahuel Moreno. De certo modo tem conseguido, pois com sua política eleitoreira e social-democrata, aplainou o caminho, praticamente sem resistência, para Maurício Macri na Argentina.
Ignácio Reis
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