A denúncia de Lula pelo Ministério público do Estado de São Paulo, onde os promotores de justiça se referiram a Marx e Hegel, quando queriam se referir a Engels, reflete o péssimo ensino das faculdades de direito, bastante superficial, que visa apenas ganhar dinheiro, mercantilizando o ensino, e formar advogados para defender o capital, o sistema capitalista de exploração.
Logicamente, os promotores de justiça estudaram um pouquinho, pois Hegel, foi o filósofo alemão, que desenvolveu a dialética idealista. Marx na juventude chegou a ser hegeliano de esquerda. Posteriormente, Marx desenvolveu a dialética materialista, o materialismo histórico, o socialismo científico, juntamente com seu companheiro Friedrich Engels, um industrial alemão, que, na verdade, os promotores queriam se referir.
O marxismo tem três fontes, a filosofia alemã, cujo maior representante foi Georg Hegel, o socialismo utópico francês, cujo representantes eram Fourier, Proudhon, Saint-Simon, e a economia política inglesa, de Adam Smith, John Stuart Mill e David Ricardo.
Assim, o erro dos promotores não é tão grande assim, mas faltou estudar mais. Estudaram apenas na véspera das provas de filosofia do direito.
Todavia o equívoco demonstra a deficiência do ensino das faculdades de direito e a necessidade de que sejam eleitos, sejam submetidos ao sufrágio universal, ao controle do povo, pois a Constituição Federal diz que todo poder emana do povo. Pela filosofia de Rousseau e Montesquieu, podem ser considerados verdadeiros usurpadores.
Essa formação superficial das faculdades de direito visa apenas reproduzir as ideias das classes dominantes, da burguesia nacional e dos imperialismos norte-americano e europeu.
Se os promotores estudassem o marxismo profundamente, fizessem a leitura do “O Capital” de Karl Marx, com certeza muitos deles não seriam tão reacionários, fascistas e nazistas.
Nós socialistas, estudamos marxismo todos os dias. E precisamos estudar muito mais!
Erwin Wolf
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