“A data de 7 de outubro (de 1934) não pode ser sectarizada nem monopolizada por esta ou aquela tendência. Ela pertence a todos nós, ela se deve sobretudo ao heroísmo do proletariado de São Paulo; sua comemoração cabe a todos nós, anarquistas, stalinistas, trotskistas, comunistas e socialistas que participamos dela na medida de nossas forças e num espírito de frente verdadeiramente proletário, o que tornou impossível o reaparecimento dos bandos integralistas (fascistas e nazistas tupiniquins da época – Nota de E. W.) nas ruas de São Paulo.” (Mário Pedrosa, in Vanguarda Socialista n. 7, de 12 out. 1945).
A revolta do povo, da classe operária, da massa de trabalhadores, dos camponeses, dos jovens, dos estudantes, e dos movimentos populares com o sequestro de Lula pelos golpistas, sob as ordens do imperialismo norte-americano, de Washington, e da burguesia nacional subserviente e entreguista, de Curitiba, provocou a ação direta do movimento de massas espontaneamente, inclusive contra a própria direção majoritária conciliadora do Partido dos Trabalhadores (PT), a CNB (Construindo um Novo Brasil).
Esse movimento espontâneo parte das bases do Partido dos Trabalhadores e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), como o que ocorreu durante o sequestro de Lula pelos golpistas, o que foi determinante para a sua libertação.
Ao que tudo indica, esse movimento espontâneo é imparável, como dizem os castelhanos e os espanhóis, porque, como ensinou Rosa Luxemburgo, participando e estudando a Revolução de 1905, na Polônia, que, na época, fazia parte do Império Czarista russo, em sua obra “Greve de Massas, Partido e Sindicato” (mais uma vez aproveitamos para homenageá-la, neste Dia Internacional de Luta da Mulher, por ser a maior mulher marxista-revolucionária da História). Nessa obra, Rosa demonstra, a partir do método do materialismo dialético, que o movimento espontâneo de massas, inicia aqui pela jornada de 8 horas, ali contra o trabalho de crianças, acolá por aumento de salários, depois, quando parece que está acabando, volta com força redobrada, com outras reivindicações, hoje poderíamos dizer, como se fosse um tsunami, o que deverá acontecer no dia 13 de março próximo.
O movimento espontâneo iniciou-se na sexta-feira, dia 4, contra o sequestro de Lula, em São Bernardo e em São Paulo, espalhando-se pelo Brasil com manifestações nas capitais e nas principais cidades do país. No dia seguinte seguiu com a manifestação em São Bernardo e contra a Rede Globo no Rio. Hoje, dia 8 de março, foi a vez da manifestação das mulheres na Avenida Paulista. É a luta contra o golpe em marcha.
Os operários, a massa trabalhadora, os camponeses, os jovens e os estudantes tomarão as ruas espontaneamente no dia 13 de março contra os golpistas, impulsionados pela burguesia nacional e o imperialismo norte-americano.
O Movimento pró-formação da Tendência Marxista no PT defende que os militantes devem sair às ruas do país, no domingo, dia 13 de março, para derrotar o golpe, a exemplo do que deliberaram os companheiros de Brasília e do Rio Grande do Sul.
Assim sendo, conclamamos aos companheiros do PT, do PCdoB, do MST, MTST, CUT, CTB, UNE e UBES, a deliberar a saída às ruas no dia 13 de março próximo, sendo certo que, independentemente do posicionamento dos companheiros, a TML estará junto como o movimento de massas nas ruas contra os golpistas.
Tendência Marxista-Leninista
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