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Populares protestam contra atentado à bomba ao Instituto Lula

© foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Milhares de trabalhadores dos movimentos sociais e sindicatos de operários realizaram nesta sexta-feira, dia 7 de agosto, um ato contra o atentado a bomba ao Instituto Lula, em São Paulo. Os manifestantes abraçaram o Instituto e espalharam fumaça vermelha, sendo que a rua onde se localiza o Instituto Lula ficou totalmente tomada.

Às 22 horas do dia 30 de julho uma bomba de fabricação caseira foi jogada contra o Instituto Lula fazendo um buraco na garagem. Por sorte não houve feridos. É o quarto atentado ao Partido dos Trabalhadores. O primeiro foi em Jundiaí. O segundo foi em Salvador, quando os militantes do PT que participavam do V Congresso foram atacados. O terceiro foi o ataque ao Diretório do Centro.

Os trabalhadores brasileiros precisam, nesta conjuntura, com ataques nazi-fascistas, discutir e organizar grupos de autodefesa. O Socialist Workers Party (Partido Socialista dos Trabalhadores) dos Estados Unidos, no final dos anos 1930, numa conjuntura semelhante a que vivemos hoje, discutiu com Trotsky a formação de grupos de autodefesa. Trotsky ensinou que:

“As palavras de ordem do Partido devem ser lançadas lá onde possuímos simpatizantes e operários que nos defenderão. Mas um partido não pode criar uma organização de defesa independente. A tarefa consiste em criar esses organismos nos sindicatos. Devemos possuir grupos de camaradas bem disciplinados, com dirigentes prudentes...”

Esses ataques nazi-fascistas são promovidos pelos golpistas, organizados pelo imperialismo americano (Departamento de Estado/CIA/FBI/embaixadas/consulados) e pelos seus capangas brasileiros, por meio das “instituições” permanentes, ocupadas por usurpadores, que não são eleitos, não se submetem ao sufrágio universal, ou seja, não se submetem à vontade do povo, como o judiciário, o ministério público, o tribunal de contas e a polícia federal. Essas “instituições”  prenderam o vice-almirante da reserva Othon Luiz Pinheiro da Silva, considerado o pai do programa nuclear brasileiro, presidente licenciado da Eletronuclear, empresa que trabalha na construção de Angra 3 e prenderam o ex-dirigente do PT, José Dirceu, que foi condenado sem provas, com base na nazi-fascista “Teoria do Domínio do Fato”, pelo Supremo Tribunal Federal, o mesmo que entregou Olga Benário para Hitler! A História nunca se esquece e é implacável.

O objetivo dos golpistas e do imperialismo americano é claro no sentido de quebrar o Brasil, intimidar o setor nacionalista das forças armadas, aplainando o terreno para a consumação do golpe em curso, para assaltarem as nossas empresas estatais, como fizeram no Iraque e na Líbia, só para exemplificar. É por isso que Zé Dirceu foi preso, por causa do ódio da burguesia nacional e do imperialismo ao Partido dos Trabalhadores, tentativa de expressão consciente da classe operária que, nos últimos anos, conseguiu conquistas, embora limitadas nos marcos do capitalismo, mas mesmo assim a burguesia nacional e o imperialismo, os exploradores, não se conformam e tentam suprimir tais conquistas, com a terceirização (precarização/escravidão), redução das aposentadorias, das pensões e do seguro-desemprego.

Por outro lado, a Central Única dos Trabalhadores, através de sua executiva, sob pressão da bases, aprovou um calendário de lutas contra o golpe e o pacote de maldades do ministro Levy.

A principal mobilização está marcada para o dia 20 de agosto, na Avenida Paulista, em São Paulo.

Para o mês de agosto, nos dia 11 e 12, a CUT, o MST, a Contag (Confederação dos Trabalhadores  da Agricultura) , sindicatos e o movimentos sociais e populares estão organizando a Marcha das Margaridas, em defesa da reforma e revolução agrária (terra aos camponeses, expropriação das empresas agrícolas e expropriação dos latifúndios).

O movimento pró-formação de uma tendência socialista operária revolucionária do Partido dos Trabalhadores (TSO/PT) defende a frente única anti-golpista e anti-imperialista do PT com o PCdoB, PSOL,  PCB, e PCO e demais partidos de esquerda, a CUT, a CTB,  e demais centrais e os movimentos populares, como MST e MTST, visando a preparação da greve geral contra a terceirização, contra as MPs 664 e 665 (redução de pensões, redução da aposentadoria, etc.) e contra o golpe da direita e do imperialismo.

Todos dia 20, na Avenida Paulista!

Cláudia Coutinho

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