As Forças Nacionais no Rio de Janeiro estão amotinadas no Rio de Janeiro, ameaçando abandonar a “segurança” nas Olimpíadas, reclamando dos alojamentos e da comida.
Essa Força Nacional é composta por policiais militares e bombeiros de 26 estados da federação brasileira, constituindo-se numa espécie de “Legião Estrangeira francesa”, um verdadeiro esquadrão da morte.
O Partido dos Trabalhadores (PT) não votou a Constituição Federal de 1988 porque entendia que o aparata repressivo da ditadura militar havia sido mantido intacto. Infelizmente, o PT foi se aburguesando e criou essa força de repressão, que juntamente com a proliferação das “empresas de segurança” e das “guardas civis” aumentaram ainda mais o aparato repressivo contra os trabalhadores e o movimento popular, principalmente o povo jovem, pobre e negro das periferias das cidades.
O ministro golpista da defesa, Raul Jungmann, anunciou recentemente uma verdadeira operação de guerra no Rio de Janeiro contra a população pobre da cidade, a pretexto de preparar a segurança das Olimpíadas.
Foram mobilizados o Exército, as Forças Nacionais e a Polícia Militar.
Os morros, onde se concentra a grande maioria população pobre e negra, ficarão a cargo da Polícia Militar, acostumada e especializada na repressão diária da população pobre e negra no Rio de Janeiro, sendo que a Força Nacional dará retaguarda à PM.
Já o Exército, por ser composto em sua base por soldados, filhos de trabalhadores e camponeses, é sempre problemática a sua utilização, pois não está acostumado a matar pobre e negros diariamente. Somente serão utilizados em casos extremos.
No Rio de Janeiro, como em São Paulo, são mortas pela PM mais de 500 pessoas anualmente, em cada uma das cidades. Um média de 2 pessoas por dia.
As Olimpíadas são também um pretexto para o avanço da especulação imobiliária, pois o setor patrocina a repressão à população pobre na ânsia para conseguir retomar os espaços ocupados pelos pobres, motivo pelo qual é criado esse estado de terror na cidade, inclusive com a atuação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) que não têm nada de pacificadoras, mas sim de aterrorizadoras.
Então, nessa situação de militarização do Rio de Janeiro, é fundamental a luta por liberdades democráticas, liberdade de manifestação e organização e contra a repressão da população jovem, pobre e negra da cidade, motivo pelo qual os operários e o conjunto de trabalhadores devem organizar comitês de autodefesa, a partir dos sindicatos e das centrais sindicais.
Além disso, é importante que não seja dado nenhum apoio à Força Nacional nesse motim, para que ela não adquira e não tenha condições de atacar à população jovem, pobre e negra do Rio de Janeiro. Qualquer benefício que for dado à Força Nacional dará mais e melhores condições para que ela ataque ainda mais ferozmente ao povo pobre.
Essa luta deve ter a perspectiva de se desdobrar na formação de comitês de autodefesa, a partir dos sindicatos, e na luta pela greve geral, por meio da eleição de comandos de greve, contra o golpe da burguesia entreguista e do imperialismo norte-americano, pela derrubada revolucionária da ditadura Temer/Cunha.
- Pelas liberdades democráticas!
- Pela liberdade de manifestação e organização!
- Abaixo à repressão!
- Dissolução da Polícia Militar!
- Abaixo o motim da Força Nacional!
- Formação de comitês de autodefesa a partir dos sindicatos!
- Não ao golpe da burguesia entreguista e do imperialismo norte-americano!
- Fora Temer/Cunha!
Tendência Marxista-Leninista, por um partido operário marxista revolucionário
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