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12º Congresso Nacional da CUT denuncia golpe no Brasil e na América Latina

O Congresso Nacional da CUT, com aproximadamente 2.500 delegados operários, trabalhadores e camponeses, terminou ontem, dia 16, sexta-feira, denunciando o golpe pró-imperialista escancarado no Brasil e na América Latina.

Essa denuncia foi o principal passo do Congresso da CUT, realizado de 13 a 16 de outubro, no Centro de Convenções do Anhembi, na Capital de São Paulo.

Ontem, também, o Movimento pró-formação de uma Tendência Marxista-leninista (TML) do PT, distribuiu uma Carta de saudação aos delegados operários, trabalhadores e camponeses, no 12º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Resumidamente a Carta colocou a necessidade fundamental de que a CUT aprovasse uma plataforma de lutas que unifique a classe operária, trabalhadores, camponeses e os movimentos populares e sociais, bem como adotasse uma estratégia de luta por um governo operário e camponês.

Também  posicionou-se por uma política de independência de classe, de ruptura com todos os setores e partidos burgueses.

Além disso, defendeu que taticamente é urgente ampliar a frente única antigolpista do PT, PCdoB, PCO, CUT, CTB, e os movimentos populares e sociais, como MST, MTST e UNE.

Ainda,  fez um chamamento especial às direções e aos militantes do PSOL, PSTU, PCB, PPL, MRT/LER-QI, LBI, POR e do MNN, da CSP-Conlutas, Força Sindical, CGTB, no sentido de que adotem uma política de frente única antigolpista, rompendo com o seguidismo à burguesia nacional  e ao imperialismo golpistas.

Por último, defendeu as bandeiras transitórias que podem unificar os operários, trabalhadores e camponeses para barrar a terceirização e as MPs 664 e 665 (que reduzem pensões, aposentadorias, e o seguro-desemprego, etc.), como a escala móvel de salários (reajuste automático de salários de acordo com a inflação); redução da jornada de trabalho, sem redução de salários;  fim das demissões, estabilidade no emprego; não aos cortes dos programas sociais, e fim do congelamento dos vencimentos dos funcionários públicos, e em defesa da Petrobras.

Essa Carta havia sido rodada com bastante antecedência, motivo pelo qual não constou referência à Frente Resistência, na qual a TML ingressou, formada pelos agrupamentos coirmãos, Coletivo Lênin, Coletivo Socialistas Livres, Espaço Marxista e Tendência Revolucionária e militantes independentes. A TML, a partir de agora, privilegiará as atividades conjuntamente com os camaradas da Frente Resistência.
  
Ignácio Reis

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