No início da semana, provavelmente, na terça-feira, a ditadura da burguesia pró-imperialista de Michel Temer/Eduardo Cunha (embora afastado apenas formalmente pelo Supremo Tribunal Federal, composto por usurpadores, ou seja, membros que não foram eleitos, não se submeteram a sufrágio universal, ao controle do povo, e golpistas) fará o anúncio das medidas econômicas contra a população trabalhadora e o conjunto da nação oprimida.
O capitalismo mundial e o brasileiro vivem uma grande crise, sendo que as medidas econômicas visam salvar o capitalismo brasileiro, jogando todos os ônus da crise sobre as costas da população trabalhadora e oprimida da nação.
A equipe econômica, para justificar as medidas de ataque aos trabalhadores, superestima o deficit nas contas públicas, chamando-o de rombo, dobrando de 97 bilhões para 170,5 bilhões de reais.
Todavia, o Brasil não tributa dividendos e não tem imposto sobre grandes fortunas (está na Constituição Federal, mas não foi regulamentado). Nos Estados Unidos, este imposto é de 20% a 40%; na Inglaterra de Margareth Tchatcher era de 38%. O imposto sobre herança no Brasil é de 3%, enquanto no Chile, tradicionalmente, desde da ditadura de Pinochet, paraíso neo-liberal da Escola de Chicago, é de 12%. Economistas fazem cálculos de que se o Brasil tivesse imposto sobre grandes fortunas, taxando apenas 5%, conseguiria fácil, fácil, 90 bilhões de reais, quantia bem superior aos 18 bilhões que Levy queria retirar do sangue e suor dos trabalhadores. Mas o problema é que esse tipo de solução implicaria tirar dinheiro da burguesia! O negócio do capitalismo é o lucro, é a exploração dos trabalhadores!
As medidas estão de acordo com o plano do imperialismo norte-americano, apresentado pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), chamado de “Uma ponte para o futuro”, visando recuperar o terreno perdido para a China e Rússia (principalmente agora como anunciou a Folha de S. Paulo de ontem, dia 21/5, que “Com mais carnes, balança comercial do Brasil com China melhora”) e implementar a recolonização do Brasil, com o fim da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), fim do salário mínimo (será mantido formalmente, como, por exemplo, é hoje o salário família), arrocho do funcionalismo público, generalização da terceirização/precarização do trabalho, redução brutal das aposentadorias e pensões, aumento do trabalho escravo tanto na cidade como no campo, fim dos programas sociais (Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Pronatec, Pró-uni, Fies, etc., privatização da Petrobrás (entrega para a Chevron e a Shell), da Caixa Econômica Federal, Correios, etc. etc., aumento da população carcerária (hoje em torno de 700.000 pessoas), achacamento dos estados da federação para implementarem política semelhante, com arrocho do funcionalismo público estadual, fim do ensino público, laico e gratuito, ataque e destruição da cultura e a ciência e tecnologia, com o fim dos respectivo ministérios (foram restabelescidos apenas formalmente, em razão dos protestos da população, é apenas uma mabobra, na prática estão destruídos até porque os novos ministros nazi-fascistas são contra a cultura e a ciência e tecnologia), como foi demonstrou a aumento do genocídio da população jovem, pobre e negra nas periferias das grandes cidades pelas polícias militares estaduais, etc. etc., e sobretudo repressão, como estão fazendo com os estudantes, os quais, neste momento ocupam escolas pelo país inteiro, demonstrando que as massas trabalhadoras, populares e estudantis são mais poderosas do que todos os aparatos repressivos, como a Polícia Federal (a polícia política do golpe), a Força Nacional, as polícias militares estaduais, aparatos esses que precisam ser dissolvidos, e as Forças Armadas, sendo que estas últimas, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica, em confronto com as massas se dividem, porque são formadas por filhos de trabalhadores e de camponeses, e também de estudantes.
O imperialismo norte-americano patrocina golpes em quase toda América do Sul neste momento. Na Argentina, com Macri, que embora eleito, governa por decreto, passando por cima do parlamento; no Brasil, com a ditadura Temer/Cunha; no Chile, na Venezuela, etc. Como dissemos, o imperialismo norte-americano busca recuperar o terreno perdido para os imperialismos da China e a Rússia, o que vai aumentar as disputas, o que poderá provocar até uma III Guerra Mundial (a TML entende que não se deve falar em Guerra Fria, porque a China e Rússia não são mais estados operários, mas sim imperialistas, e a Guerra Fria era entre países imperialistas e o bloco soviético, na época estados operários, sendo que a situação de hoje assemelha-se mais à da época da I Guerra Mundial, onde havia disputa de blocos de países imperialistas, como observou Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária – PCO, em suas análises políticas da semana).
O programa do imperialismo norte-americano inevitavelmente vai se chocar contra os os operários, os trabalhadores, os camponeses, e os jovens e os estudantes, o conjunto da nação oprimida, em razão dos ataques às conquistas sociais, sendo imprescindível neste momento a luta contra a ditadura Temer, por liberdades democráticas, pela liberdade de manifestação e expressão, liberdade de organização, liberdade dos presos políticos, pois os militantes e lutadores da classe trabalhadora e dos movimentos sociais e populares estão sendo condenados sem provas, como o companheiro Zé Dirceu, os camponeses estão sendo assassinados, os estudantes sendo reprimidos e presos, e ocorre o genocídio da população jovem, pobre e negra das periferias das cidades pelas polícias militares nos estados da federação.
Esse confronto, com certeza levará à guerra civil contra os trabalhadores e a nação oprimida, podendo abrir uma situação revolucionária, com a ação direta das massas, derrubando de forma revolucionária a ditadura do capital, a ditadura Temer/Cunha, sendo imprescindível para essa hipótese a construção desde já de uma partido operário marxista-revolucionário e a construção de uma Internacional operária e revolucionária, que defenda a instauração de um governo revolucionário operário e camponês, para a expulsão do imperialismo, expropriação das fábricas, bancos, empresas, reforma e revolução agrária, fim dos latifúndios, expropriação das empresas agrícolas, monopólio do comércio exterior, economia planificada, rumo a socialismo.
Tendência Marxista-Leninista, por um partido operário marxista revolucionário
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