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Imperialismo americano ataca o espanhol por causa do golpe no Brasil

Quando vimos numa rede social a declaração à Folha de S. Paulo, em 10/4, do presidente do Banco Santander, no Brasil, Sérgio Rial, de que contra o golpe da burguesia entreguista e do imperialismo norte-americano, ao dizer que “Não é a ruptura que vai levar a uma solução. Aliás, não há solução na ruptura. Só há o caos.”, tivemos a certeza, na hora, que essa “rebeldia” do imperialismo espanhol  não passaria impune, ou seja, que ele seria atacado pelo imperialismo norte-americano, pela CIA e o Departamento do Estado, por meio de seus agentes no Brasil, como o juiz nazi-fascista Sérgio Moro, ou mesmo, das “instituições” golpistas, como o Poder Judiciário, o Ministério Público Federal,  a Polícia Federal (a polícia política do golpe), ocupadas por usurpadores que não se submeteram aos sufrágio universal, ao controle do povo, ao voto.

Não se pode perder de vista que o imperialismo é a fase de decadência do capitalismo, da fusão do capital industrial com o bancário, do capital financeiro, dos monopólios, do fim da concorrência, da reação em toda linha, corrida armamentista (OTAN), de guerra e revoluções. Ao contrário do que pensava o alemão Karl Kautsky, não houve um desenvolvimento pacífico do imperialismo, pelo contrário, houve um acirramento das disputas inter-imperialistas, dando razão ao revolucionário russo, Vladimir Lênin, como neste caso, entre Estados Unidos e a Espanha.

Tínhamos certeza que aconteceria o mesmo que está acontecendo com os empreiteiros (Marcelo Odebrecht, por exemplo) e até mesmo banqueiros (André Esteves, por exemplo) que apoiaram e se aproveitaram dos governos Lula e Dilma. Sérgio Rial que se prepare para ir para a cadeia ou senão se manda para a Espanha, porque os falcões da Casa Branca são implacáveis na defesa dos interesses gerais do imperialismo e quando necessário sacrificam seus comparsas. A Nova Guantánamo é aqui.

Dito e feito. Hoje na mesma Folha (7/5), saiu um artigo anunciando que “Santander vira alvo da Procuradoria do DF”, com o subtítulo “Banco é acusado de negociar pagamentos ilegais para se livrar de multas no Carf”.

Com certeza, isso é mais uma das armações da embaixadora americana, golpista profissional, Liliana Ayalde (que atuou durante o golpe no Paraguai e Maduro expulsou da Venezuela, mas infeliz e desgraçadamente ela acabou vindo para o Brasil).

O imperialismo norte-americano, para Lula assumir a presidência da República em 2002, exigiu que ele cumprisse os contratos, logicamente com eles (conforme a Carta aos  Brasileiros).  Com a crise da Bolha imobiliária de 2008, os Estados Unidos perdeu espaço nas relações comerciais e financeiras no Brasil, agora ele quer quebrar os contratos do Brasil com a China e a Rússia, para recuperar o terreno perdido, adotando novamente a doutrina Monroe, “A América para os norte-americanos”.

O golpe orquestrado pelo Estados Unidos no Brasil visava principalmente quebrar os contratos do Brasil com o imperialismo chinês e o russo, que, com a crise do capitalismo norte-americano da Bolha imobiliária, haviam ganho espaço nas relações comerciais e financeiras com o nosso país. Além disso, China e Rússia lideram os Brics (Brasil, Rússia, China e África do Sul), e fundaram o Banco do Brics, com um aporte de mais de 100 bilhões de dólores, colocando em xeque a hegemonia do dólar e os Acordos estabelecidos nas Conferências de Bretton Woods, que regem as relações comerciais e financeiras mundiais desde julho de 1944.

Agora, em razão da declaração do presidente do Santander contra o golpe, o Estados Unidos se voltaram também contra o imperialismo espanhol e, com certeza, buscará quebrar os contratos espanhóis.

Os falcões da Casa Branca são uns capetas, com a ditadura Temer o Brasil poderá virar um inferno, como em 1964/1985, como na “República” do Paraná (os professores e os sem-terra que o digam!), como no Estado de São Paulo (os estudantes secundaristas que o digam!), ou seja, o Brasil poderá se tornar a Nova Guantánamo.  

Para evitar que a nossa vida se transforme nesse tormento, o movimento operário e popular de preparar e organizar a Greve Geral para o dia 10/5, elegendo comandos de greve, nas fábricas, nas empresas, nos bancos, nas repartições públicas, no campo, nas empresas rurais, nas escolas e nas universidades. 

- Greve Geral dia 10/5!

- Abaixo o golpe da burguesia entreguista e do imperialismo norte-americano!

- Fascistas e nazistas não passarão!

- Fora o FMI! Fora o imperialismo!

Erwin Wolf

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