O apoio ou capitulação ao golpe da burguesia e do imperialismo norte-americano no Brasil vem desintegrando os partidos e organizações socialdemocratas, sendo que agora foi a vez do Partido Operário Revolucionário (POR), do Brasil, lorista, que em razão de capitular ao golpe foi obrigado a expulsar a Regional da Bahia.
A Regional da Bahia do POR divulgou, em 20/8, uma “CARTA ABERTA AOS ATIVISTAS, MILITANTES E ORGANIZAÇÕES DE ESQUERDA”, denunciando: “DIREÇÃO CAUDILHESCA DO PARTIDO OPERÁRIO REVOLUCIONÁRIO (POR) EXCLUI OS MILITANTES DA BAHIA DO PARTIDO.”
Ainda na semana passada, no dia 19/8, houve a reunião nacional, na Sede nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), convocada pelo “Diálogo e Ação Petistas” para o lançamento do “Manifesto pela Reconstrução do PT”, com a participação de diversas correntes internas do PT, como “O Trabalho”, “Novo Rumo”, e independentes.
Já a primeira vítima foi o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU), ligado a Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT), morenista, que rachou praticamente ao meio, com o surgimento no mês passado, em 23/7, do Movimento por uma Alternativa Socialista Independente (MAIS).
Os militantes da Regional da Bahia do POR deram muita ênfase na questão organizativa, todavia os problemas organizativos são reflexos da política de capitulação ao golpe da burguesia e do imperialismo norte-americano que depôs o governo do PT. A capitulação do POR ao golpe significou o seu alinhamento à política pró-imperialista dos Estados Unidos, ou seja, socialdemocrata. Essa política, numa organização que se reivindica operária e marxista, só consegue ser imposta de forma autoritária, caudilhesca. Não tem outro jeito.
Assim, os camaradas da Regional da Bahia que foram excluídos do POR defendem a luta contra o golpe da burguesia e do imperialismo norte-americano, por isso foram expulsos.
Por outro lado, a Liga Bolchevique Internacionalista (LBI) criticou aos companheiros da Regional da Bahia do POR, pensando que são contra o centralismo-democrático. Nós, da Tendência Marxista-Leninista, entendemos que a questão não é essa. Não é organizativa, mas política pela capitulação ao golpe, como assinalamos acima. A LBI não enxerga assim, porque, como o PSTU, flertou com o golpe desde 2013, recusando-se a participar da frente única operária antigolpista, apenas “reconhecendo-o” às vésperas da deposição do PT.
Assim, a TML coloca-se à disposição dos companheiros da Regional da Bahia do POR para abrir e aprofundar uma discussão fraternal sobre os problemas políticos apontados pela “Carta Aberta”, visando uma intervenção conjunta contra o golpe.
Erwin Wolf
Tendência Marxista Leninista, por um partido operário marxista revolucionário
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