As organizações que se reivindicam do marxismo revolucionário têm demonstrado um ceticismo e um pessimismo com relação à luta contra o golpe da burguesia entreguista e do imperialismo norte-americano em curso, fazendo análises impressionistas, dando como certa a assunção do governo Temer/Cunha.
Essas organizações baseiam-se nas vacilações e capitulações em algumas batalhas por parte da direção majoritária do Partido dos Trabalhadores (PT) e de Dilma Rousseff. Assim, como ficou claro o rompimento da frente de colaboração de classes, estabelecida com a Carta aos brasileiros, que permitiu em 2002 que Lula assumisse a presidência da república (agora o PT tem aliado a ele no máximo a sombra da burguesia, como dizia Trotsky) e o esgotamento do regime. Não há como negar que estes são fatos objetivos da luta de classes.
Todavia, essa constatação é apenas parte da realidade objetiva, não se podendo fechar os olhos para a intensificação e ampliação do movimento de massas contra o golpe, que está tornando um Brasil como um verdadeira panela de pressão, prestes a explodir e fugir de controle, movimento esse que poderá derrotar o golpe.
Prova disso, é a cautela da burguesia e do imperialismo, ao mesmo tempo em que impulsiona o golpe, apresenta outra saída conciliatória, tipo Plano B, como “eleições gerais”, embora também ajude a semear ilusões e impulsionar o golpe.
Organizações como o Partido da Causa Operário (PCO) que até este momento vinha desenvolvendo uma política de vanguarda no enfrentamento do golpe, dá uma guinada e altera a sua política defendendo a palavra de ordem Assembleia Constituinte, que é uma variante semelhante à das “eleições gerais”. O Partido Operário Revolucionário (POR), do Brasil, também dá como certo governo Temer e Cunha. Essas posições são semelhantes à posição da direção majoritária do PT.
Por outro lado, o Movimento Revolucionário dos Trabalhadores (MRT-LER-QI), que edita o jorna Esquerda Diário, aparentemente rompeu com seu seguidismo à política de “Fora Todos” do PSTU, o que é uma vitória para o movimento operário e popular.
A Tendência Marxista-Leninista entende e insiste que devemos apostar nas mobilizações para que deem um salto de qualidade, sempre utilizando os métodos de luta de ação direta das massas, rumo à greve geral.
Para tanto, é fundamental que no dia 1º de maio, a Frente Brasil Popular, liderada pelo PT, PCdoB, CUT, CTB, UNE, UBES, MST, MTST e demais movimentos populares e sócias, aprove a proposta de greve geral para o dia 9/5 por tempo indeterminado e passe a organizá-la , elegendo comandos de greve, nas fábricas, nas empresas, nos bancos, nas repartições públicas, nos campos, nas empresa rurais, nas escolas e nas universidades. Os comandos de greve eleitos deverão ser reforçados pelos comitês de luta contra o golpe.
O objetivo da greve geral por tempo indeterminado é paralisar totalmente o País, a partir do dia 9/5, antecedendo a votação do golpe no Senado Federal, ou seja, paralisando os transportes públicos (ônibus, trens e metrô), fechando as estradas, as rodovias, os portos, aeroportos, fábricas, empresas, bancos, as repartições públicas, campo, empresas rurais, impedindo, assim, a votação no Senado e eventual posse de Temer e Cunha
Tendência Marxista-Leninista
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