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Dia 17, todos na rua: apostar na ação direta das massas para derrotar a burguesia pró imperialismo norte-americano

O filósofo holandês, Baruch Spinoza, ensinou que não devemos rir, nem chorar, mas compreender, ou seja, nem já ganhou e nem já perdeu.

Assim, neste momento em que se avizinha o confronto direto da classe operária, dos camponeses, dos estudantes, dos movimentos populares e sociais com a burguesia entreguista e pró imperialismo norte-americano, não devemos ter ilusões legalistas, constitucionais, parlamentaristas, mas sim apostar na ação direta das massas, lideradas pelo proletariado revolucionário, único terreno em que poderemos vencer os nossos inimigos de classe.

A classe operária brasileira já obteve uma vitória contra o golpe, por isso é importante resgatarmos a lição de 1954, quando tentaram depor Getúlio Vargas,  conforme nos ensinou o médico, dirigente comunista e historiador marxista, Leôncio Basbaum, em sua obra “História Sincera da República, de 1930 a 1960” ,  pág. 209, vol. 3, Editora Alfa-Omega, 4ª  Edição, São Paulo,  1976, de Leôncio Basbaum:

As massas se lançaram à rua dispostas a lavar sangue com sangue

“(...) Pela madrugada do dia seguinte, 24 de agosto, decide aceitar a fórmula do “licenciamento”. Retira-se para os seus aposentos particulares e, poucas horas depois, às 8 manhã, suicida-se com um tiro no peito.

O suicídio, mais do que a renúncia, abalou a nação, pelo seu dramatismo. E o que parecia ter sido simples golpe branco, que pouco impressionaria o povo, que já esperava a renúncia e se conformava com ela, transformou-se num crime cometido contra a nação e contra o povo. Este, revoltado, e já agora tomado de uma decisão, chegou a ameaçar de depredação o edifício do Ministério da Aeronáutica. Houve mesmo ataque a tropas. No Rio (era a capital federal na época – Nota de IR), comércio e fábricas fecharam as portas, jornais anti-getulistas foram depredados. As massas se lançaram à rua, desesperadas e indignadas, dispostas a lavar sangue com sangue. Alguns  dos principais instigadores da renúncia e do suicídio, entre os quais o jornalista Carlos Lacerda, acharam melhor desaparecer algum tempo para fugir à ira poular. O mesmo estava acontecendo em outras cidades, principalmente São Paulo e Porto Alegre.

As agitações mais se aguçavam quando no dia seguinte o povo tomou conhecimento da carta deixada pelo presidente suicida: uma carta impressionante pelas acusações diretas que fazia aos seus inimigos e às “forças ocultas do estrangeiro” que sobre ele não cansavam de pressionar.

E o que parecia ser uma vitória da UDN se transformara em derrota.”  

Assim, todos às ruas no domingo, dia 17, para derrotarmos o golpe da burguesia entreguista pró imperialismo norte americano.

Ignácio Reis

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